18/12/2008

inrietes

Preciso fazer algumas considerações sobre o "clipe" abaixo.

1) As "inrietes" estão mais para madres-enfermeiras do que para cantoras.
2) Elas cantam tão mal que é mais fácil entender a letra lendo a legenda em inglês do que pela própria música.
3) Elas não tiram os olhos da câmera. Obviamente, estão lendo a letra.
4) Reparem quando elas fazem algum movimento ensaiado com as mãos... é muito fake. Lógico! Você já tentou ler, cantar, manter o ritmo e ainda decorar dancinha?
5) Fui.


Madonninha

Vou tirar o chapéu pro Gustavo (além de jornalista, toca numa banda de gatchénhos). Ele me introduziu a um novo mundo: a dos covers que não são a cara do ídolo e que não cantam nem dançam igual a ele. Percam um pouquinho de tempo e vejam esses vídeos. Profundamente emocionantes. Do começo retrospectivo/dramatização ao grand finale de glória a Deus. Chorei. Grande Gizele! Se você também amou a menina-que-não-tem-nada-a-ver-com-a-Madonna, entre neste site: www.freewebs.com/humba6. Humba-humba-humba-hey!





17/12/2008

pequenas

Outro dia ouvi no rádio, e ainda bem que nem sei qual estação, "A dica, então, é pesquisar bastante antes de comprar para não gastar mais caro". GASTAR MAIS CARO!!!???

====

Tem coisas que me incomodam. E incomodam mesmo. E, pelo bem ou pelo mal, não consigo disfarçar o incômodo. É o problema que carrego por ser franca.

====

Por que conversar se tornou artigo de antiquário?

====

Tô cansada de silêncio. De ter que arrancar coisas. As pessoas que se fodam. Não vou mais querer ajudar.

15/12/2008

Mayco - o destruidor de corações!

Recebi mensagens na sexta e no sábado destinadas ao Mayco. Para quem não se lembra, uma menina (que descobri ser a Aldrey), terminou com ele por SMS - que veio para mim, não para ele - porque tinha conhecido seu "grande amor" na igreja, mas depois se arrependeu. Mais detalhes: aqui e aqui.

Dessa vez, deu até dó. Enfim, mais um capítulo da novela "Meu celular é a casa da mãe Joana". Obviamente, vou transcrever tal qual ela escreveu, com todos os erros e incoerências das frases.

PS: desde a semana passada, alguém do DDD 91 me liga perguntando pela Suelen. Quantas vezes será que eu vou ter que dizer que aqui não tem Suelen nenhuma??

12/12/2008
23:01
Eu AcHo q esse seu silencio eh um nao neh eu sempre pros meus amigos q eles soh davam valor ha alguma coisa qnd perdiam e eu fiz o mesmo eu nunk vou esqcr vc eu amo vc...como vc msm disse um dia adeus amor
aldrey


No que eu respondi: Adeus, Aldrey

12/12/2008
23:09
Aih meu Deus eu num consigo tirar vc da kabca e nessa bosta d radio soh toca musiks que me lembram vc eu num sei como mas eu posso ver vc na minha frente...vo morrer dsse jeito

12/12/2008
23:22
Pq vc me pediu p voltar se vc num qr mais?num t respondi no dia pq num tinha credto

Eiiiiiiii! Então quer dizer que ele também usa SMS para coisas sérias? Mas se ele se comunica com ela por celular por que ela não consegue se comunicar com ele? Por que as mensagens vêm para mim?

13/12/2008
11:15
Entao akbou msm neh eh uma pena instaum ateh algum dia no msn akabou o credto bjo

A vida deles é isso? SMS e MSN? Da outra vez, eles se encontraram e ela mandou um SMS para ele, em vez de falar o que queria ao vivo... eu realmente não entendo isso. E acho muito triste que alguns permitam que a tecnologia seja a principal via de comunicação entre o casal.

05/12/2008

fim de ano

O trânsito de fim de ano de São Paulo é terrível. E só aumenta a razão daquelas pessoas que dizem "São Paulo está ficando isuportável de viver. É impossível morar nessa cidade... vou me mudar para o interior, ou para a praia..."

Poxa vida! São Paulo é tããããão legal. Tomara que todas essas pessoas se mudem mesmo e deixem para mim uma cidade sem congestionamentos!

Vão!!

04/12/2008

Hiroshima-Nagasaki e o mau gosto

Hoje eu estava indo para o trabalho e parei atrás de uma Fiorino de uma empresa de dedetização. Piada de mau gosto: o nome da empresa é Hiroshima - aquela cidade atingida pela bomba atômica. Pã, pat, pantz! Hiroshima Cupim acaba com tudo, até com gente. Credo!

Então eu fui procurar no Google o nome certinho da empresa e o site para vocês verem que não estou mentindo (só que não achei). Encontrei outra: Nagasaki. Outra piadinha sem graça.

A Nagasaki atua no CONTROLE DE PRAGAS URBANAS há mais de 15 anos (...) e oferece excelência em serviços de TRATAMENTO FITOSSANITÁRIO COM FINS QUARENTENÁRIOS através de atendimento personalizado aos seus clientes, equipamentos modernos, métodos eficazes e preço justo.

Enfim... destruição total, por dezenas de anos. Sem um pingo de piedade.

03/12/2008

Sexo no mundo

A Sexpedia é um blog muito legal. Fala de sexo de forma meio pudica até... mas é muito divertido. Outro dia dei uma passada lá e vi fotos de padres gatos, um livro com receitas com sêmen ( "barato para se produzir e disponível na maioria, se não em todas as casas e restaurantes...". Imagina o garçom te explicando o que é a sobremesa e acrescentando "eu mesmo fiz o ingrediente principal, há alguns minutos"), um travesseiro para aquelas pessoas que esquecem o nome de quem já transaram (a fronha é pautada) e anúncios engraçadíssimos de motel, como o que estão ao lado.

Mas o que eu mais gostei mesmo foi de saber que os países ditam leis inimagináveis para o sexo. Vamos lá:

1- Nos estados norte-americanos do Arizona, Texas e de Rhode Island, pessoas que não são casadas são proibidas de fazer sexo. Os solteiros que forem pegos no flagra podem pegar uma pena de até três anos de prisão [Eu e 90% do mundo iniciado sexualmente já sabemos onde não vamos morar]

2- No Líbano, a zoofilia é permitida, mas só quando o animal em questão for do sexo oposto ao da pessoa [Zoofilia ok. Zoofilia gay dá cadeia!]

3- No Reino de Bahrain (no Golfo Pérsico), os médicos podem fazer exames ginecológicos nas pacientes, mas estão proibidos de olhar diretamente para suas partes íntimas (devem usar um espelho) [Ops! Lá também existe um surto de DST's?]

4- Na ilha de Guam, no Oceano Pacífico, as mulheres não podem se casar se forem virgens. Por isso, existem homens com a função de "desvirginadores", que oferecem seus serviços a todos os povoados (e cobram pelo trabalho) [Adorei! Acho que as feministas buscaram nos homens de Guam a força de sua luta. E olha que eles devem devem ter muuuuita força...]

5- Em Budapeste, na Hungria, só é permitido transar de luz apagada [Aqui nesse link você pode ver onde isso vai dar...]

6- Em Hong Kong, as mulheres traídas têm o direito de matar os maridos adúlteros, mas sempre com as próprias mãos. Já no caso da amante, pode-se apagar a infeliz do mapa da maneira que achar melhor [Adoro a democracia! Hahaahaha]

7- Em Israel, pode-se pegar três anos de cadeia por assistir a filmes pornôs [Essa lei se destina a judeus, católicos, muçulmanos ou qualquer pessoa que resida no país?]

8- Na Indonésia, a masturbação é um crime que se paga com a própria cabeça (sim, decaptação!) [A Playboy não chegou até lá? Acho que sim, apesar dos protestos...]

9- Os brinquedos eróticos (vibradores e afins) são ilegais na Índia [Hã? O que é isso então: Sex Toys in India?]

10- Uma lei de Cali, na Colômbia, diz que a mãe da esposa deve estar presente na primeira vez que o casal transar [Nunca desejei isso: mas a minha já morreu. A única vantagem é eu me casar em Cali... Acho que não quero, não...]

01/12/2008

Amo a Laura pero esperaré hasta el matrimonio

Essa é muito boa.
O Thomi está decorando a letra. Ainda que não dê mais tempo...
O clipe é um vídeo-promo da MTV espanhola, se não me engano.

28/11/2008

Mallu Bostalhães

... e dizem que a Mallu Magalhães anda comendo cocô. Só isso explica as respostas que ela deu na entrevista para a ÉPOCA São Paulo (na íntegra, aqui). Ela come cocô e só fala merda... A música dela até que é aceitável, mas depois dessa entrevista, vai ser banida dos meus ouviso. Vamos a algumas pérolas:


- sobre as críticas ao se trabalho
Eu, pessoalmente, me deixo ser enganada. Milhares de coisas estão por aí e são passageiras, mas são admiráveis e divertidas de se dançar, nem que seja uma noite.


- Você sai pra dançar?

Dentro de mim, lógico. [dança dentro? tipo, a festa das bactérias?]

E fora?
Não. Mas às vezes é legal. [é legal? então ela dança?]


- o que mudou em sua vida
Todo o meu modo de ver as coisas. Eu era uma criança triste. Ou melhor, era uma criança feliz dentro de uma vida de criança. Mas quando você se torna adulto e tem que continuar em uma vida de criança, você não se torna uma criança feliz, mas um adulto infeliz. (...) Eu sempre quis fugir com o circo, mas nunca pude fugir. Queria poder pintar, fazer os cenários, as roupas, colocar o coração deles ali. [coisa bonita essa: colocar o coração dos circenses "ali". E, pior, ela "era" uma criança?? Ela ainda é!!!!!!!!]

- sobre o que gostaria de fazer da vida
Queria poder morar no meu apartamento, eu sozinha, um gato e meu devido amante. É um outro esquema. [parece até meus amigos de 30 anos que desejam sair da casa dos pais. Diésus! Ela tem apenas 16 anos e acha que já ganhou o mundo]


- sobre quando compõe, acontece a "auto-aceitação de mudar"
Se você muda você mesmo, você já muda as coisas. E as coisas são as suas coisas. [do tipo, quem cuida tem?]


- sobre o motivo que a levou a fazer letras em inglês

Para mim não tem um porquê. Justificativas levam a nomeações e nomeações são um reflexo do limite. E limitar arte é uma coisa ridícula. [muito profundo isso, não?]


- sobre as letras
Eu falo coisas sujas e que podem parecer estranhas quando ditas por uma pessoa na minha posição física tanto em inglês quanto em português. [posição física???]


- O que mais é legal nessa sua nova vida?
A melhor coisa de ter uma carreira é ter moral para entrar em vários lugares onde antes eu não podia, eu sendo uma menor de idade. Pode parecer meio esnobe, mas dá para arranjar ingresso para milhares de shows. [troféu jóinha pra ela. Parabéns, você acaba de atestar a sua imaturidade para o público. Humildade também faz parte da vida dos bem-sucedidos, menina!]

Não há nada de novo na catástrofe catarinense

Não quero falar das 99 pessoas que morreram (e talvez daqui alguns dias esse número aumente). Não é porque eu considere essas mortes menos importantes: uma pessoa só que morresse com os alagamentos e desmoronamentos que estão acontecendo em Santa Catarina já seria motivo de tristeza. Mas quero focar em dois outros personagens desse episódio: os sobreviventes e os responsáveis pelas construções incapazes de resistir à força das águas.

Que tipo de ajuda humanitária pode apagar a lembrança de ver sua casa sendo destruída e seus familiares e amigos morrendo? Nenhuma. Ajuda é bom para questões práticas. Essas pessoas jamais esquecerão o dia em que ficaram sem lar. Gente humilde. Gente trabalhadora que não pode se dar ao luxo de contratar um bom engenheiro para construir uma casa inabalável em um terreno menos arriscado.

É sim, um engenheiro. Porque desde que eu me lembro por gente Blumenau passa por terríveis épocas de tempestades arrasadoras. Qualquer construção naquela região deve ser bem estruturada, bem planejada. E quem tem que saber isso são as autoridades - prefeitos e secretários da região deveriam alertar a população sobre os riscos, oferecer alternativas e consultoria para os cidadãos que representam.

Por que é que as comunidades ribeirinhas do rio Amazonas não sofrem com suas enchentes anuais (que ultrapassam 10 metros)? Porque elas conhecem a natureza, respeitam sua força e sabem que não se pode lutar contra as águas. Essa relação é simples.

Por que, raios, uma região que já sofre há décadas com o mesmo problema não aprende como construir suas casas? Na verdade, por que os vários prefeitos que passaram por tais cidades nunca se comprometeram em amenizar o impacto das chuvas no funcionamento natural da cidade? Eu não estou falando de uma São Paulo, com quase 11 milhões de habitantes, que está inchada, estufada e esquecida pelos projetos de crescimento urbano sadio há mais de um século. Não que eu ache que São Paulo não tenha solução; eu preciso acreditar que sim!! Mas é que o problema envolve um território e uma população anos luz maiores que os de Blumenau.

Voltemos, portanto, à região catarinense. Qual o tamanho dessas cidades? Procurei no site do IBGE: Blumenau tem 292.972 habitantes; Itajaí, 163.218. As que declararam calamidade pública: Gaspar (52.428), Rio dos Cedros (9.685), Nova Trento (11.325), Camboriú (53.388), Benedito Novo (9.841), Pomerode (25.261), Luis Alves (8.986) e Rodeio (10.773), além de Itajaí. Alguém concorda comigo que cidades minúsculas como essas podem (e devem e é inadmissível não ter) ter um projeto decente e preventivo de crescimento rural e urbano?

Quem é que viu alguma mansão de Jurerê Internacional (a Miami Beach brasuca, e, tal qual a original, ostensivamente brega) ir por água abaixo? Ou, melhor, de Camboriú, uma vez que essa é uma das cidades mais prejudicadas? Não, amigos. O problema não são as chuvas, mas como essas cidades foram construídas. Na verdade, como a população menos favorecida (e que pode chegar até a classe média) se fixou na região. A questão é: como autoridades permitiram tal fixação sem um mínimo de apoio e conselhos preventivos?

No Brasil inteiro, há milhares de casas cinematográficas em cima de morros. Você já viu alguma delas despencar por causa de chuvas? Não? Nem eu. E as mansões em terrenos planos e vales? Já foram alagadas? Tsc, tsc, tsc

26/11/2008

venha, 20 de dezembro

Eu quero muito que essa semana acabe logo. Tô rezando para santos nos quais nem acredito para que isso aconteça. Cansada, com uma gripe mal encubada, mas encubando, acordando com dores nas costas e de cabeça, com vontade de berrar e espernear a cada coisa que dá errado.

Mas o que eu mais quero mesmo é que chegue 20 de dezembro. Então vai ser lindo demais da conta!

23/11/2008

Belo por ser simples

Ontem eu fui assistir Linha de Passe. Há tempos eu queria ver e só ontem consegui. É um filme que não tem clímax. Porém, é controlado, contido, equilibrado. Os personagens são gente comum, com defeitos comuns e sonhos pequenos. É bonito de ver porque lembra aquelas pessoas boas que você tromba na rua e nem sabe o quão lutadoras são. Pessoas para quem 50 reais faz a diferença. E, talvez, 10 reais faça diferença (ao contrário do que disse o novo namorado da Piovani, que jamais faria confusão em um restaurante por 10 reais. Eu faria.).

É um garoto atrás da identidade do pai; outro, motoboy, com filho e a fim de dinheiro fácil; um que era completamente do gueto, mas resolveu se entregar a Jesus; tem um garoto que sonhava em ser jogador de futebol, porém, um pouco velho para a profissão, e, por fim, a mãe, uma emprega doméstica grávida, que fuma e bebe e tem uma patroa gente fina.

Não tem apelo nem putaria. É belo por ser simples.

21/11/2008

O primo do monstro do Lago Ness

O bicho é uma coisa bizarra: tem patas, pêlos e rabo. Até aí, poderia ser o seu puppy cheiroso que abana o rabinho quando você chega em casa. Mas não. É um puta monstrengo e foi encontrado em uma praia de Guiné, na África. Pra piorar, uma parte do bicho está meio chamuscada. Será que lá no fundo do mar existe uma comunidade de seres que conseguem acender a churrasqueira e assar monstrinhos?





Para ler a reportagem clique aqui.

fuga das canetas

Por que as canetas têm incrível capacidade de sumir?

18/11/2008

notícias de um amigo

O Lu é um amigo da faculdade. Muito religioso, todos pensavam que viraria padre - a exemplo de sua irmã freira. Mas a pinta de galã lhe afastou dos dotes sacerdotais e o levou para vida mundana. Nos últimos anos, raramente o encontrei sem namorada, ou amiga, ou qualquer coisa que o valha. O Lu sempre está com uma companhia feminina. Lembro-me de que fui à sua casa em Batatais e os pais me ofereceram suco de periquito. Era verde. Provei. Era bom. Mas periquito? O suco era de couve com limão. Muito bom. Bem-humorados eles.

Mas essa introdução toda é para mostrar um texto que o Lucas mandou para o grupo da faculdade. Um primor. Agora ele quer ser médico, apesar do talento para a escrita. Abaixo, o email.

Amigos todos,
desculpem a ausência nesses meses. Estou concentrado aqui com as provas - faltam dois meses - e quase não tenho lido os e-mails. Só um pouco de notícias do velho Lucas: tenho feito as provas antigas da fuvest, e tem dado certo. Dá para esperar que no ano que vem estarei de volta a São Paulo. Além do vestibas, estou ajudando minha mãe com a fazenda. Então, agora que começou a chover, começamos a adubação do café. A tonelada de esterco de galinha, só para o cafezinho mais novo, tá custando R$220,00. Gastamos mais de R$6000 nessa bosta, hehe. E demos um aperto na nossa calopsita para ela ajudar com os insumos.
Observações astronômicas: está começando a chover e hoje é equinócio, o dia tem a mesma duração que a noite. E fica cada vez mais longo, até o solstício de verão. Quando o verão começar, na verdade os dias terão começado a diminuir. Então aquela idéia "nossa, está tão quente, e o verão nem começou" é um pocuo falsa. Porque os dias mais longos são os bem próximos do começo do verão, para antes e para depois, e não no meio da estação. Para preparar a terra, só o começo das chuvas importa.
Boa primavera a todos,
Lucas

17/11/2008

Bienal e a feira de ciências

Eu me esqueci de falar sobre a Bienal de Arte de São Paulo. A Magá me convidou para a abertura e eu fui toda pimpona - "A Bienal do vazio", "mó conceito". Conceito o caramba! É a "Bienal da falta de dinheiro", isso sim. Ela parece uma grande feira de ciências de escola. E das piorzinhas...

Para se ter uma idéia, tem biombos de madeira (aliás, toda a estrutura da feira é de madeira, parece barraco) com colagens de fotos de revista ou escritos - as colagens que eu fazia na capa do meu caderno eram muito mais criativas e esteticamente bonitas. Tem também insetos pregados com alfinetes e uma máquina de impressão para o visitante levar uma parte da Bienal pra casa. No térreo tem um monte de engenhocas feitas de madeira, motorzinho e fios. Só pode ser uma feira de ciências.

E tem um artista que disponibilizou cópias de suas fotos. O visitante escolhe oito imagens e pode levá-las para casa depois de imprimi-las em um A3. Então, a feira ganha uma carinha mais de parque de diversões. E tem também o tobogã - famoso tobogã. Deveria acabar em uma pscina de merda. Ia ter mais "conceito". Bem perto do biombo onde o visitante escolhe as fotos, sai uma corda que vai até o bosque do lado de fora do prédio e acaba em uma árvore. Será que é para fazer tirolesa? Teria tudo a ver com o conceito "pega e faça".

E tem também muito espaço vazio - não apenas no segundo andar, mas em todos os outros. O segundo é um grande vazio. Nos demais, o 'nada' está camuflado entre pouquíssimas obras de arte (de relevância muito discutível) e muitos bancos para se sentar. Para matar ainda mais espaço, fizeram uma biblioteca com livros da Fundação Bienal. tsc, tsc, tsc.

E a parte de vídeos? Uma tragédia. Eu lembro que as Bienais sempre traziam vídeos variados, que causavam sensações variadas - agradando o visitante ou não. Dessa vez, só dois vídeos (esquisitos) ganharam salinhas especiais. Os demais, estão sendo exibidos em espaço aberto, para o espectador confundir a iluminação e os sons externos com os do vídeo. Nada legal.

Ainda bem que a entrada é gratuita. Senão ia ter porrada. Cobrar para apresentar essa besteira é muita falta de caráter. A Bienal podia ter deixado esse ano em branco. Ficaria mais bonito deixar de fazer do que fazer mal feito.

Retorno, ensimesmar-se e Ju Borges

Agora que voltei a ter interné em casa (foram duas semanas sem, minha gente), e estou relativamente sem tarefas para fazer às manhãs, darei uma turbinadinha no brógui. Para começar, queria fazer um comentário sobre os blogueiros que escrevem sobre eles mesmos em suas páginas pessoais (no "quem sou eu" ou "sobre o autor"). Por que raios se referem a eles sempre na terceira pessoa? "Fulaninho é um blablabla, gosta de trilili e deteste nhanhanhá". O fulano escreve um texto sobre ele, em uma página mais do que pessoal, e ainda tem a pachorra de escrever em terceira pessoa. Parece que alguém escreveu sobre ele, dando uma importância maior do que ele tem. Assim como o Maluf, quando fala de si próprio - "Paulo Maluf fez o Minhocão, as marginais e o Leve Leite". Affffe!

Hoje comecei a ler o blog da Ju Borges, que está em Angola, e, felizmente, refere-se a ela como ela mesmo. Ufa! Aqui vai o link: http://juborges.wordpress.com

16/11/2008

Fofolândia

Hoje eu estava zapeando e parei no Discovery Kids - passava 'Fofolândia'. Achei o nome fofo e fiquei curiosa. É engraçadíssimo, dei várias risadas. Inclusive porque, entre ursos, gatos e outros animais, tinha uma tal 'coisa verde', que era uma bolinha com cara e, obviamente, verde. Muito engraçado. E, apesar da 'coisinha verde' não falar, ela era animada e, no meio da trama, até ganhou uma xícara de chocolate quente do protagonista.

Mas o post é para falar de coisas ainda mais fofas: http://www.squishable.com

Eu quero! Eu quero! Eu quero!!! Quero o crocodilo, o hipopótamo, a zebrinha e o porquinho. Só que eu fui comprar e o frete dos bichinhos (que custam 38 dólares cada) fica 45 dólares (se comprar 1) ou 55 dólares (se comprar 2) para a minha casinha. =(

Quem quer me dar de presente do Dia da Consciência Negra??? É um belo feriado para dar bolas de pelúcia de presente, não acham???

Bichinho bunito!!!!

A minha namorada que estava grávida é um homem

Voce ficou confuso com o título do post? Eu também. Juro que fiquei quando li a reportagem sobre o pobre coitado que tinha uma namorada fazia seis meses, ela se dizia grávida, inclusive com barriga de prenha, e no fim das contas ela era ele. A Bruna é o Rodinelli (tenho uns amigos que chamam de 'Rodney' os meninos que querem ser meninas. Rodinelli é quando esses meninos, além de se passarem por meninas, ainda pensam que podem engravidar).

Quando o cara descobriu, ficou tão abalado que precisou ser hospitalizado. Não é mole, não. O pobre coitado nunca iria descobrir: quando ia fazer amorzinho, a moça (que era um moço) só liberava se fosse com as luzes apagadas e desde que o moço não tocasse nela. Uma coisa meio de doente, para quem exige e para quem aceita, convenhamos. Para saciar um pouco a curiosidade, trancrevo alguns trechos elucidativos da matéria que li no Portal Terra:

Um jovem de 19 anos descobriu que a namorada, que supostamente estaria grávida de cinco meses, era na realidade um travesti. O caso ocorreu em Cocal do Sul, município localizado a cerca de 200 km de Florianópolis, e só foi descoberto por acaso após uma investigação coordenada pela Polícia Civil.

A descoberta fez com que o rapaz precisasse ser hospitalizado em estado de choque. O caso começou a ser desvendado por policiais civis depois que a suposta grávida, acompanhada da sogra, registrou queixa contra uma agressão sofrida pelo padrasto, que teria ocorrido no último dia 22 de outubro.


(...)

O policial afirmou que a jovem aparentava barriga de grávida e que chegou a apresentar sintomas dentro da delegacia, como enjôo e tonturas. "Ela apresentava gravidez psicológica e acreditava piamente que estava realmente grávida do rapaz", disse Rodrigues, acrescentando que o travesti chegou a fornecer detalhes de como conseguiu se passar por mulher por seis meses para o companheiro. "Ela afirmou que eles só mantinham relações sexuais com as luzes apagadas e que o rapaz era proibido de tocá-la".

Após a descoberta, os dois se separaram. O rapaz, que chegou a ficar internado depois do susto, passa bem, mas evitou comentar o caso com a imprensa. A jovem Bruna deixou a cidade.

A regra dos 4B's

A regra que rege a imprensa é a regra dos 4B's - bunda, bicho, bicha e bispo. Explico: notícias que falam de bunda, mulher pelada e suas variantes, bichinhos fofos, gays e outros assuntos ligados à (homo, bi ou trans) sexualidade e religião são sempre as mais lidas.

A coisa acontece assim: os veículos têm jornalistas sérios e muito competentes que fazem matérias interessantes, mas que são pouco lidas. Esses mesmo jornalistas têm que fazer as matérias 4B's para garantir audiência. Eles precisam ter dupla personalidade para conseguir tal proeza, ou ser muito versáteis e dotados de pouca auto-crítica. Quando fazem algo para ganhar leitor, assinam "Da Redação". Quando fazem algo de que realmente gostam, assinam seu nome - o que não adianta porcaria nenhuma porque ninguém os lê.

É realmente triste ver que uma foto de um animalzinho foi mais lida e comentada do que uma matéria que demorou dias para ser apurada, pensada e escrita. Parece que o esforço foi em vão - porque sempre vai ter foto de bichinho e gente estúpida e ignorante que vai preferi-la à matéria séria. Isso é indigno!

15/11/2008

criando crianças psicóticas

Num devaneio em mais um plantão de sexta-feira, chegamos à conclusão de que nossas músicas de criança e histórias de ninar eram realmente aterrorizantes - só podem formar crianças extremamente neuróticas. Vejam se concordam comigo:

"Serra, serra, serrador. Serra o papo do vovô. O vovô não é papudo, serra o papo de nóis tudo" - ou seja, a serra vai serrar todo mundo!

"(...) Já faz tempo que eu pedi, mas o meu Papai Noel não vem... Com certeza já morreu ou então felicidade é brinquedo que não tem..." - a criança está com a alma destroçada: não acredita nem mais em Papai Noel nem em felicidade.

"Sambalelê tá doente. Tá com a cabeça quebrada. Sambalelê precisava é de umas boas palmadas" - o Sambalelê tá doente e ainda vai apanhar?? Que maus tratos são esses?

"Atirei o pau no gato, mas o gato não morreu" - existia Sociedade Protetora dos Animais nessa época?

"Boi da cara preta pega essa menina que tem medo de careta" - a menina tem medo e ninguém vai ajudá-la? É algum tipo de punição por ela ter medo?

"Nana neném que a Cuca vem pegar, papai foi pra roça, mamãe foi trabalhar" - os pais deixaram o nenê ninando para ser vítima da Cuca?

...

13/11/2008

casamentos - parte 23897427

Hoje eu saí cedo de casa para passar de cartório em cartório para reconhecer firmas da minha declaração de união estável. Uma amiga, que assinou, perguntou por que eu não iria fazer casamento no civil e o celular simplesmente desligou. Ela disse que o aparelho está programado para desligar quando a palavra 'casamento' é dita na conversa. Engraçado.

Logo no primeiro dia de trabalho, a faxineira disse que o Tômas está feliz com o casamento (ela fazia faxina para ele antes). O mais incrível é que ela se referiu ao nosso 'amancebamento' como casamento em todas as vezes que o citou. Funny.

E ontem minha amiga falou que eu não posso brigar com o Thomaz porque ainda não temos sofá na sala. Ou seja, não dá para um dormir no quarto e outro na sala, a não ser que prefira o chão. Very, very funny.

Pois eu estava de um lado para o outro nas filas de cartórios e, no meio da Avenida Paulista, um sujeito vira para o lado e diz "e tem gente que fala que casamento é bom". Diésus!!! Ele virou para o meu lado e disse isso. Juro que ele disse isso. Eu fiz cara de interrogação e balancei a cabeça. Quase que eu respondo "perguntei?". Mas não quis prolongar o papo-a-jato. Acho que ele sofre de amor não correspondido. Não é possível. Eita!

10/10/2008

eu tenho

"Eu tenho. Eu consegui. Eu conquistei. Eu ganhei. EU VENCI"... Me parece um pouco pequeno comemorar essas coisas. Parece postura de novo rico, que só admite a pobreza do passado para vangloriar a riqueza do presente.

Você quer história triste? Eu te conto a minha. Mas não vou fazer isso. Todo mundo sofre. Fazer disso um trofeu é retroceder.

07/10/2008

esses deficientes de hoje não são como os de antigamente...

Hoje eu vi um carro com adesivo de deficiente. No vidro da frente e no vidro de trás. Até aí, nada incomum. Acontece que o adesivo da frente estava bemmmm no meio do vidro! E todo ingruvinhado. Que deficiência o cara tinha? Visual ou mental??

03/10/2008

A vida é o que está escrito


Ser jornalista é muito bom. Eu tenho acesso a muitas coisas as quais não teria em qualquer outra profissão, mas, ao mesmo tempo, não sou especialista em nada. E, para conhecer TUDO tenho que ter a humildade de reconhecer que não sei NADA. Tenho plena consciência de que que o máximo que eu souber se aproximará a nada. Por isso, se me perguntam "você é especialista (ou setorista) em quê?". Eu digo "em nada, mas posso escrever sobre tudo". Basta perguntar a quem entende...

Eu descobri muitas coisas por ser jornalista. Ainda que uma jovem jornalista. E descobri também que, nessa profissão, se cultiva e se abandona. É bom porque não sou especialista, e aprendo muito, sempre (quando se vira "expert", seu ego cresce e você não dá mais ouvidos às pessoas). Mas é ruim porque há o abandono, o deixar para trás quando aquilo não te interessa mais - e esse tempo pode ser uma semana, um dia, um mês, um ano... É esquisito. Mas é assim. Por mais vínculos que se crie, é sempre um vínculo interesseiro, porque eu sempre vou querer algo do outro.

"Quando você vai voltar?" Eu sei que não vou e respondo tentando me esquivar da verdade. "Sigo hoje. Talvez não vá", como diria uma tia-avó. É triste saber que você não vai voltar. E é mais triste ainda saber que se deixou a expectativa da volta.

E quando a matéria cai? E quando vai pra gaveta? E quando diminui o número de páginas ou o foco? O que você diz às fontes? Não sei... eu morro de vergonha. Você exigiu um esforço do outro que não serviu para "nada". Só para você aprender um pouquinho mais. No entanto, para a sua fonte, às vezes exigiu um tempo, uma força de vontade e um sofrimento sobre-humanos.

Eu sou do tipo que não quer incomodar - quer que as coisas aconteçam com naturalidade. Odeio o que é forçado. Sinto vergonha alheia quando vejo que uma resposta foi "plantada", quando o entrevistado não se sente à vontade para falar. Quer coisa mais gostosa do que alguém confessar porque confia em você?

02/10/2008

furei o G1

Vocês lembram que, no comecinho do ano, eu fiz um textinho sobre um maluco que colocou silicone na tatuagem? leia aqui=> link

Pois eu furei o G1!!! Eles deram a notícia hoje! Acreditam????? Diésus!!!

Para quem duvida da minha palavra, o link para o G1.

30/09/2008

palmito com chuva

Sabe o que eu odeio? Palmito duro. Eu ODEIO. Comprei um vidro pequeno de palmito, pensando que não tinha como ser duro, afinal, aqueles vidros menores são mais caros proporcionalmente e, portanto, os palmitos devem ser bem escolhidos. Ledo engano. O palmito estava duro. "O", não. "Os" palmitos. Todos do vidro.

Outra coisa que eu odeio: fazer inscrição para o deep running em piscina aberta, sem aquecimento, e, em plena primavera, no primeiro dia do curso, estar um frio do cão. E chovendo. O que, para mim, é a mesma coisa. Pior: acordar às 6h30 e estar um puta sol. Duas horas depois, começa a chover. Às 11h, quando começaria a aula, aquele tempo de bosta.

25/09/2008

Banheiro – uma área privada

Peço perdão pelo trocadilho, mas assim vejo o banheiro, ou casa de baño, toillet, como quiseres. Para mim, esta é a área mais privativa de um lar ou empresa, ou ainda, shoppings e restaurantes. Não uso o banheiro com a porta aberta. Tampouco com gente me olhando. Minha bexiga, bem como minha uretra, são tímidas. Que o diga meu intestino...

Enfim, sem entrar em questões escatológicas, volto a falar da área do banheiro. Ele é, sim, um espaço reservado. É lá que as pessoas ficam sozinhas, pensam, choram, comemoram, meditam, deleitam-se no espelho (ou se odeiam no espelho), escovam os dentes, espremem espinhas, dão uma rapidinha... Todas elas ações íntimas, de você com você mesmo. Ou com um parceiro. Mas ninguém o vê (ao menos não deveria).

Eis que um aparelhinho não tão reservado invadiu o banheiro com força absoluta. O danado do celular acompanha a dona pra cima e pra baixo. E é colocado para funcionar principalmente lá dentro do toalete. Há tempos venho observando que as pessoas adoram bater um papo sentadas na privada. Eu acho meio esquisito. Primeiro porque o banheiro dá eco. Segundo, todo mundo que entra e sai de lá escuta perfeitamente a sua conversa (inclusive o que seu interlocutor está dizendo, dependendo do aparelho). Terceiro – e pior –, as pessoas dão descarga!!!! É um PUTA barulho feio. The last, but not least, banheiro é lugar de fazer cocô, de liberar tudo o que você botou pra dentro e não foi absorvido pelo seu organismo. A mulher senta no vaso, faz as necessidades falando ao celular e como se limpa? Coisa de louco...

Eu já ouvi cada papo esquisito! É um tal de falar de problemas, de brigar com o namorado, de combinar balada, de revelar aventuras íntimas, de resolver questões profissionais (!!!), de contar o fim de semana pra mãe, ou acalmar o filho porque ele não quer comer a comida feita pela babá... E eu pergunto: POR QUE NO BANHEIRO???

Tá bom, tá bom. Eu já falei ao celular no banheiro. Mas com pessoas muuuuuuito íntimas e não no momento H dos afazeres do meu sistema de excreção. MUITO MENOS o intestinal. Esse, só sozinha mesmo. De porta bem trancada. E se tiver alguma alma no banheiro, ainda que do lado de lá da portinha divisória, não tem jeito. O negócio trava de verdade...

a tal da sra. Pau

Tem coisas que a gente recebe por email e realmente fica sem saber se é verdade ou mentira. Na dúvida, a gente repassa. Porque, no fim das contas, se não for verdade, é, no mínimo, muito engraçado.

No recorte abaixo, que eu recebi do Thi, temos a história da Maria José Pau, que queria tirar o pau da sua vida. Ela entrou na Justiça para pedir mudança de nome e recebeu uma resposta petulante e machista do desembargador encarregado, mas que é digna de um prêmio. Divirtam-se. (clique na imagem para aumentá-la)

01/09/2008

ela não sai do pé do Mayco

Mais uma da novela "Mayco e eu" - leia mais clicando aqui.

29/08/2008 - 22h00

"Eu num qro q vc saia da minha vida eu qro q seja meu amigo por favor"

Essa menina vai levar uns tapas...

25/08/2008

a bela e a fera

Esse é o título que o blog Bombou na web deu para o vídeo abaixo. Perfeito.

"Nem sempre as feras agem como tal. O vídeo produzido na Colômbia mostra uma cena impressionante de carinho entre um leão e sua tratadora. O animal enfia as enormes patas pelas grades da jaula como se fosse abocanhá-la. Mas a envolve em um abraço, se esfregua e lambe sua face. A amizade teria começado há seis anos, quando a mulher teria salvado a vida dele."

20/08/2008

Faço revisão de cardápios

É isso mesmo. Vou fazer deste blog um anúncio de trabalho. E todo mundo sai ganhando.

Olha só os motivos: eu ganho um dinheirinho extra, não preciso mais abrir um cardápio de restaurante caro e ver erros gritantes de ortografia, o dono do restaurante não irá se expor negativamente a clientes exigentes como eu, você irá ao mesmo restaurante e não terá a péssima experiência de ver os mesmos erros e, por fim, o mundo inteiro poderá saborear um belo prato de várias cifras sabendo que, pelo menos, o cardápio foi feito com cuidado.

Qual a diferença entre comer um picadinho no buteco e no D.O.M.? A apresentação do prato, o serviço, as louças, os talheres, o ambiente, a qualidade dos ingredientes e... o cardápio! Óbvio. Tudo isso encarece no preço de um simples picadinho - no primeiro custa 10 reais, no segundo, 42, mais o serviço. E pode perguntar em qualquer restaurante: eles investem bastante dinheiro na identidade visual do restaurante, que inclui o cardápio. Por que, então, não investem no TEXTO que vem dentro dele?

Ontem eu fui almoçar na La Risotteria, do Alessandro Segato, um restaurante cheio de frescura no coração dos Jardins. A comida estava boa, o serviço, confuso, a apresentação dos pratos, totalmente fora de padrão, e o cardápio, com deslize. Estava escrito "xadrês" em vez de xadrez. E, no delicado pirulito de caramelo que eles deram de lembrancinha, "nostalgico" em vez de nostálgico. E, olhe bem, a mesma mensagem também estava escrita em italiano. Será que o mais importante é impressionar com a língua estrangeira do que escrever corretamente o próprio idioma?

Por isso que, mais uma vez, eu me ofereço para prestar serviços de CORREÇÃO ORTOGRÁFICA E GRAMATICAL DE CARDÁPIOS. Pode ser também de mala direta, newsletters etc, qualquer coisa que venha parar nas minhas mãos de forma pretenSiosa (como me alertou um leitor).

FAÇO REVISÃO DE CARDÁPIOS
FAÇO REVISÃO GRAMATICAL DE CARDÁPIOS
FAÇO REVISÃO ORTOGRÁFICA DE CARDÁPIOS

Ufa!

O Mayco levou fora por SMS...

... ou será que ele que deu migué na menina? Acompanhe, aqui, mais um capítulo da série "confundiram meu celular de novo".

19/08/2008 - 16:22

"Mayco dsculpa mais agnte num tah mais namorando eu e vc num podmos fkr juntos"

e o Mayco não respondeu, obviamente...

20/08/2008 - 17:52

"Mayco sei td oq eu te falei e era td verdade mas agora td mudou tm um garoto da minha igreja q gosta d mim e eu axo q gosto dele tbm perdao mais eu qro terminar dsculpa"

e a vítima do pé na bunda nem tchum...

20/08/208 - 18:06

"Agnte num pod mais fk junto num vai dar certo por favor incista ta sendo dificil p mim perdao mais akbou"


Diante do acontecido, tenho alguns pontos a levantar:
1. Se sou eu que estou recebendo as mensagens, e não o Mayco, como ela pede para ele não "incistir". Aliás, parece até que ela pede o contrário, para que ele insista.
2. Eu começo a achar que ele não passou o celular dele correto, uma vez que ela "inciste" em me mandar mensagens. Acho que quem levou o bolo foi ela.
3. Quem é que termina um relacionamento por SMS?
4. A garota assassinou o namoro, o mínimo de dignidade que poderia ter e a gramática.
5. Se ela me ligar atrás do Mayco, acho que eu vou dizer que sou a namorada dele.

Gente!!! Tem mais, acabou de chegar mais uma mensagem:

20/08/2008 - 18:21
"A partir d agora nos somos soh amigos e num adianta fingir q nada aconteceu agnt num tah mais namorando"

Caraca!!! Ele levou um fora e nem sabe!!! Age como se nada tivesse acontecido! Pobre Mayco. Se alguém quiser ligar para essa mal educada e falar para ela que não se termina um namoro desse jeito, fique à vontade. Eu estou constrangida.

(o número: 8536-14XX)

01/08/2008

Agência de Turismo dos Curíntia

Eu recebo todo tipo de email por dia: lançamento de livros, cozinha adaptada para idosos, exercícios de relaxamento de tai chi para quem está preso no congestionamento (!!!), resultados de pesquisas, informes...

Mas hoje foi demais: recebi um email da TimãoTur. Isso aí! Agência de Turismo do Timão. E vc tá pensando que é só destinho curíntia, como Praia Grande, Foz do Iguaçu e Miami??? Está muito enganado, meu amigo. Olha só os pacotes dos amigos do Parque São Jorge: Galápagos, Patagônia Chilena, Cancun, Itacaré, Montevidéu... Tem até cruzeiro!! (mais parece uma parceria com Submarino Viagens, ou Decolar.com) Tá... vocês ainda não acreditam? Então olha só: www.timaotur.com.br.

Mas eu tenho uma explicação: eles aproveitaram as viagens insólitas que a torcida tem que fazer pelo Brasil atrás dos jogos da série B para ganhar know how em turismo e, obviamente, uma grana a mais. Floripa, Goiânia, Taguatinga, Alagoas... virxe! Não tem uma cidade com tradição no futebol. E dá-lhe turismo!!!

PS: atenção para o áudio do site - os jogadores ficam no mesmo hotel da cidade (provavelmente o único) que os torcedores, tomam café juntos e podem até embarcar no mesmo avião de volta para São Paulo. Uhuuuu!!! "Ótima oportunidade para ver seus ídolos de perto". argh!

24/07/2008

macumbaboa

Estou fazendo uma matéria sobre "a hora certa de sair da casa dos pais". Vou conversar com uma psicóloga, mas já comecei a pesquisar informações na internet - leia-se: Google. Digitei 'quando sair de casa' e chegaram inúmeras variantes do 'sair de casa'. Diploma sem sair de casa, viaje por dois mundos sem sair de casa, ganhe dinheiro sem sair de casa, aprenda CSS sem sair de casa, estudar no exterior sem sair de casa (essa é fisicamente impossível, mas...), como destruir a Amazônia sem sair de casa (o negócio vai ficando pior...) e, o link campeão: Faça sua macumba sem sair de casa!!!!

Diésus!!! Esse povo corre sério risco de morrer de obesidade mórbida. Carai, véi! Até pra viajar e fazer macumba os caras ficam em casa. Mas quem quiser tentar uma fézinha na galinha preta, www.macumbaonline.com. O máximo que eu tinha vista era o www.macumbavirtual.com.br, do Pai Toninho, que sugere um monte de simpatias engraçadas e nada sérias. Um site divertidíssimo.

22/07/2008

27 anos que não têm volta

Quando completou 27 anos, uma grande amiga mandou um email para convidar os amigos para um almoço. Escreveu ela:

"Meus Amados Amigos do Coração!
Hoje estou completando 27 anos de um caminho que não tem volta!..."

É isso aí. De um caminho que não tem volta.

No meu aniverário, há menos de 10 dias, coloquei no meu nick do MSN: "Próxima da realidade dos 30, distante dos sonhos dos 20..." Muita gente achou que existia um ar melancólico na mensagem, outros viram algo de positivo em ser pé no chão.

Eu ainda não descobri: o copo está meio cheio ou meio vazio? Depende do tamanho da sua sede!

14/07/2008

HIV no farol

Ultimamente tenho andado mais de carro. Espero voltar logo para o transporte coletivo, mas, enquanto isso não acontece, é impossível passar por certas coisas de olhos fechados. Nos últimos dias, umas quatro pessoas vieram pedir dinheiro no farol alegando ser HIV positivo. Dois homens de meia idade, uma velha senhora magricela e uma jovem bonita e cheia de vida.

Em todas as ocasiões, eles pediam dinheiro para comer. Uma moeda, qualquer coisa. Eu me sinto tocada com esse tipo de condição, mas mesmo assim não dei dinheiro. Não gosto de esmola. Em um dos casos, a mulher alegava que a doença a impedia de trabalhar. Isso é o mais triste: a Aids não deveria ser um impedimento de contratação. E, com um bom tratamento, é possível viver saudável durante anos a fio - e nunca faltar ao trabalho por conta do quadro de saúde.

Vendo por outro lado, pode ser o golpe do HIV. "Sou soro positivo, tenha piedade de mim e me dê um trocado"... Sei lá. Só sei que é triste. HIV, esmola ou pobreza.

06/07/2008

labilidademente labili

Mais uma que eu aprendo por conta do trabalho...

Se você acha que é uma pessoa diferente das outras, que seu problema é único e que seu comportamento é uma incógnita para a psicologia, não tente suicídio, mas para tudo tem uma explicação psico-científica. Infelizmente. Acabo de descobrir que meu ímpeto emocional e minha instabilidade tão caracteristicos são elementos do que se ousou chamar de labilidade emocional. Acho que sofro disso, labilidade emocional. Palavrinha difícil, né? Labilidade...

Enfim, vamos à sua definição:

"Volatilidade; instabilidade. A labilidade emocional refere-se a emoções que são inusita­damente móveis e que, portanto, não estão sob controle adequado; é observada mais comu­mente nas síndromes cerebrais orgânicas e nos estágios iniciais das esquizofrenias"(ãhn??).

É, também, "um estado especial em que se produz a mudança rápida e imotivada do humor ou estado de ânimo, sempre acompanhada de extraordinária intensidade afetiva. Esta forma súbita de reagir diante dos estímulos do meio exterior revela pessoas incapazes de controlar a intensidade de suas reações."

Pronto! Estou à beira da esquizofrenia e com risco de passar a não suportar conviver em sociedade. Lindo. Parabéns, Laura. É isso aí. À beira do abismo...

03/07/2008

"tia"

Sempre quando alguém chama outro alguém de "tia", me vem à mente minha mãe dizendo "não sou sua tia", em tom de brincadeira-com-fundo-de-verdade. Ok, ela não tinha lá muito bom humor, principalmente em relação a isso, mas é fato: a maioria das pessoas que são chamadas de "tia" não são tias, realmente, de quem as chamam.

A não ser as minhas tias mesmo, e uma ou duas mães de amigas muito queridas, não costumo chamar de tia qualquer mulher que atravesse meu caminho. Eis que hoje, parada num farol, tinha uma "tiazinha", dessas bem mirradinhas, magricelinhas, e na "melhor idade", pedindo dinheiro aos motoristas. E não é que essa "tiazinha" veio me chamar de tia? "Tia, tem uma moeda?"

Antes que eu respondesse o costumeiro "não", fiquei alguns segundos pensando sobre o que ela disse. Poxa, ela é que é a tiazinha! Não eu!!!

online x offline

Sabe o que é mais engraçado nessa história de pane no Speedy? As notícias avisavam pessoas conectadas que outras tantas estavam offline. Para as primeiras, que não se sentiram prejudicadas, outras notícias diziam que seria possível processar a Telefônica pelos danos causados. E, repito, as notícias eram lidas pela população online. Quando o grupo offline ficasse online, os noticiários de internet já teriam caducado as notícias que ao grupo interessasse...

Não é curioso?

01/07/2008

ling-ling-alô

Hoje eu liguei para o Centro Social Chinês de São Paulo, para falar com algum ser humano sobre, obviamente, a China. Disseram para ligar amanhã, das 10h às 12h, e falar com a secretária – ÚNICA chinesa que trabalha lá. Coisa de louco: só a secretária vai bater ponto, de vez em nunca e em horário apertado. Parece que a diretoria (que tem chineses) nem tchum; não aparece. Desliguei o telefone me perguntando por que uma associação chinesa não tem chineses com quem eu possa conversar. Mas esse problema se resolveu rapidamente.

Liguei, então, para a Associação Cultural Chinesa do Brasil, que parece agremiar o maior número de sociedades chinesas que existem por aqui. Uma tal de Li atendeu. Ela sabia dizer "alô" e "o quê você quer". Me apresentei e disse a que vinha... e nada. O telefone ficou mudo. Mudinho da Silva.

"Alô", disse eu. "Alô", disse a Li. "Você entendeu o que eu disse?". "Você que-loquê?". Que roubada!!! Expliquei de novo e, é óbvio, ela não entendeu bulhufas. "Vou chama-loutla pessoa". E começou a falar em chinês, muito rápido e alto. Escutei um homem respondendo, no mesmo tom, um monte de sons que, para mim, não significam absolutamente nada: chin, shon, shuin, lin, long, gong, chee, lao, lui...%¨@&% $$*(*)$#@ ªº¢£ é a mãe!!

E o homem atendeu o telefone. "Alô? O que quel?". "Q-u-e-r-o f-a-l-a-r s-o-b-r-e c-u-l-t-u-r-a c-h-i-n-e-s-a", bem pausadamente, para não confundir. "No tem ninguém agola. Liga amanhã, fala com a Felnanda".

Incrível! Ou tem porteiro que não sabe nada de China ou tem chinês que não entende uma vírgula de português... até parece que eu estou em outro país...

27/06/2008

pobre-burguesa-pobre

Ultimamente, ao contrário do que acontecia há alguns meses, não tenho tido tempo nem para respirar. Muito trabalho... quero guardar dinheiro. E fico pensando "para quê"? Não sei. É o velho hábito da classe pobre: guardar para usar quando faltar. Quem é rico não pensa que vai faltar dinheiro. Só pobre.

Enfim, o mais importante é que estou trabalhando. Produzindo. E reproduzindo uma idéia burguesa e cretina de que o trabalho dignifica o homem. É mentira! O trabalho cansa o homem, fisicamente, psicologicamente e sexualmente (quem trabalha demais não tem vigor...). Deixa as pessoas sem sono, mergulhadas em preocupações. Só burguês que quer se tornar nobre é que pensa assim.

Acho que estou um pouco confusa hoje.

13/06/2008

Desabrochar

Despertou. Mas não acordou. Os olhos, inchados, custavam a abrir totalmente. Estava com aquela preguiça preguiçosa das manhãs de domingo. Mas era segunda, dia em que não há espaço para sonhar. Mudou de idéia...

Agora, queria ficar mais próxima do mundo, da correria, do pulsar da cidade. Talvez fosse a hora de deixar a segurança das quatro paredes e dos pés da cama que a fixavam ao chão. Era hora de se levantar para o mundo.

Queria mais e mais. Queria não depender, queria escolher, queria por asas em sua imaginação. Queria que todo dia fosse aquela segunda-feira. Queria que todas as horas fossem dias de sol, ou tardes de chuva.

Sentou-se na cama. Molhou a garganta com água fresca. Sorriu timidamente. Calçou os chinelos e saltou energicamente do colchão, que a abrigara nas últimas confortáveis horas do fim de semana.

Abriu a janela e, com a luz emoldurando as belas curvas de sua face, enxergou à frente uma passarela sem fim, que a levaria onde quisesse chegar.

Despertou do sono de menina. Acordou mulher.

12/06/2008

Casas da Banha

O meu trabalho é divertido. Fico sabendo da existência de umas coisas engraçadíssimas, como a "Casas da Banha", uma das maiores redes de varejo do Brasil da década de 70 até o fim dos anos 90.

Depois de ser uma das maiores redes de supermercados do Brasil, com mais de 8 mil empregados, 230 lojas e faturamento anual de US$ 700 milhões, a Casas da Banha teve sua falência decretada em 1999. A empresa ficou famosa por ter patrocinado durante vários anos o comunicador Chacrinha.

05/06/2008

A ansiedade, o telefonema e o guarda-chuva

Tem dias que começam super bem. Parece que tudo vai dar certo e há apostas para isso. A confiança é grande, o estado de espírito é ótimo e a companhia, agradabilíssima. Foi assim que começou o dia dela. Apesar do frio e da garôa fina.

Mas, como ela bem sabe, nem um radicalismo acaba bem. Confiar demais, amar demais e ficar muito feliz, todos essas sensações podem ter um fim trágico. E foi o que aconteceu. Lá pelo meio da tarde, começou a ficar ansiosa. O telefone não tocava e ela aguardava uma resposta decisiva - achava, obviamente, que tudo ia terminar bem. Achava. Estava confiante.

Demorou algumas horas e, então, o telefone tocou. Já não sentia ansiedade, preparava-se para o pior. Mas a esperança... Estava dentro no ônibus, levantando-se para descer, cheia de coisas penduradas pelos braços. Não sabia se ficava feliz ou triste com o toque - sentia que a resposta não ia agradar. Ao menos, mataria sua curiosidade.

O diálogo no telefone nem foi tanto um diálogo. Do outro lado da linha, a pessoa se justificando. Do lado de cá, ela só no "Ahã, eu entendo. Tudo bem. Muito obrigada...".

Pulou do ônibus como um tiro. A passos largos e apressados, chegou em casa. Subiu as escadas e começou a chorar. Decepção, tristeza, desabafo. Aquele choro era melancólico e, sim!, um desabafo. Tirou toda a ansiedade do peito com os primeiros murmúrios. Depois, deixou que as lágrimas lavassem o rosto. Sentiu-se desolada.

Passou um tempo, algumas horas. E ela se animou. "Paciência, da próxima vez eu não aposto tanto assim", pensou, longe de ser Pollyana, apenas tentando ultrapassar mais um obstáculo. Pequeno ou grande, era ela quem definia seu peso e seu tamanho.

Saiu de casa. Foi para uma festa. Encontrou pessoas queridas, amigos do peito e colegas que há muito não via. Recebeu um telefonema, mas não atendeu. Retornou a ligação, mas não consegui falar. Tentou outra e outra e outra vez. Passou muitos minutos ligando. Nada. Ficou preocupada. "Melhor ir embora e ver o que aconteceu." Foi, acompanhada de uma amiga.

Num local meio escuro e afastado da rua, foram abordadas por um homem de mochila. "Isso é um assalto. Fiquem bem quietas, não gritem. Passem o celular e a carteira." "Hã? Como assim? Não vamos passar nada", responderam as duas. "Estou armado", disse o homem, colocando a mão no bolso da calça. "É um guarda-chuva? É um guarda-chuva. ahahahha, como assim, armado?", disseram em coro. O homem foi embora. E disse que não deveriam segui-lo.

Cada uma em seu carro, o susto começou a tomar forma, cor e textura. Seu corpo balançava, suava frio, o celular na mão direita, enquanto trocava as marchas de posição. Sentiu um frio na espinha, um medo de nada, mas um medo latente. Um descontrole controlado, um medo do susto e da preocupação. Queria chegar logo ao destino combinado.

Chegou. Cansada, preocupada, assustada, neurótica. Aquela noite ia acabar mal, pior ainda. E lembrou-se: o dia começou tão bem... "É assim. Não tem como ficar sempre bem. Ou é o equilíbrio por ele mesmo, ou pelo contra-balanço de dois lado opostos, de instabilidades extremas." O dia seguinte seria melhor. Ou não.

03/06/2008

Reflexos da alma

Estou devagar esses dias, em dívida com o blog. Muitas mudanças ao mesmo tempo me deixaram sem tempo para escrever. Os momentos ociosos estão mais escassos: para o bem e para o mal. Fico sonhando, imaginando, conjecturando sobre minha vida daqui uns meses e enxergo algo realmente bonito e sereno. Aquela paz gostosa, que não é nem de longe tediosa. Muito pelo contrário: é a paz que se sente quando se está feliz e em busca de mudanças positivas. Porque elas não podem cessar.

É um contra-senso eu pensar isso num dia de frio. Um frio de rachar. Mas o sol parece iluminar meus pensamentos e minha alma. Sigo bem, sigo feliz, sigo até um pouco mais leve. Ou meus ombros é que ficaram mais fortes...

30/05/2008

epílogo

"E aí? Como termina essa história?", muitos me perguntaram. E aí que termina como sempre terminam as histórias que não são contos de fadas: quando parece que as coisas vão começar a dar certo, tudo volta a ser nebuloso. É preciso resgatar forças que nem existem mais para começar de novo. Nada de bom no horizonte. Só resta a ele, a mim e a nós todos uma grande maré de azar...

16/05/2008

roubo de mim

Ele acordou. Estava meio preguiçoso, mas foi trabalhar no horário. Alguma coisa em seu corpo soava meio cansada, estava um tanto preguiçoso, mas mesmo assim cumpriu com os compromissos. Foi ao inglês e jantou com quem lhe aquece o coração. No dia seguinte, continuava cansado, mas não entendia o motivo. Como sempre, havia marcado de sair à noite. Em dois lugares. Tentou adiar um deles, mas não teve coragem. Deixou pendente. 'Quem sabe não me animo mais tarde?'. Saiu do trabalho e foi beber. Estava cansado. Muitas coisas não estavam em ordem: problemas familiares, questões profissionais... mas a companhia noturna o fez esquecer os problemas. Curtiu o momento.

Ia embora, talvez passasse em outro lugar. Não tinha decidido se ia ou não para casa. Mas foi para o carro. Abriu a porta, que já estava destrancada. Colocou a chave na ignição, não entrava. Era certo: alguém tinha entrado no carro e forçado a ignição. Chamou o chaveiro e, sem sucesso, levou o carro para casa de guincho.

No dia seguinte, chegou meia hora atrasado no trabalho. Encontrou o chefe no meio do caminho. Conversaram sobre a noite anterior, ele contou sobre o carro, o chefe, sobre a balada que tinha perdido. Enfim, sentou-se à mesa. A manhã foi um pouco agitada, com desdobramentos do problema familiar. Almoçou e se acalmou. Uma refeição ao lado de quem se ama é sempre calmante, mesmo que isso não seja dito.

No fim do dia, quase que se preparando espiritualmente para o fim de semana, recebeu uma notícia drástica. Um susto, um choque, algo inesperado. Tinha sido demitido, injustamente; era claro e óbvio: "o cliente paga, o cliente manda". No primeiro momento, ficou sem ação. Depois pensou em como seriam os próximos dias, nas contas a pagar. Chorou um pouco. Então, ficou com preguiça em arranjar outro emprego, era bom lá... não se sentia sozinho... e lembrou de como aquele dia tinha começado: com alguém tentando roubar o seu carro. Evidente que não ia terminar bem. E assim permaneceu durante um bom tempo...

15/05/2008

nóis fumo

Hoje, andando pela rua, li duas coisas curiosas. É preciso fazer esforço para conseguir se comunicar hoje em dia...

"JANTA
Promoção: R$ 5,00
cincão"


"A Sementinha
Escola cristã de educação infantil
'Ensine á criança no caminho que deve andar' provérbio"

12/05/2008

leitores via google

Há algum tempo venho acompanhando as pessoas que aparecem no meu blog via google. Elas digitam qualquer coisa lá na ferramenta de busca e meu blog sai como resultado: entre os da primeira, segunda ou terceira página (quarta ou quinta para os mais resignados).

Pois bem, há diversas expressões corriqueiras, mas duas ganham em disparado (as mais bizarras eu postarei depois). A primeira é 'cardápio de luxo', que aparece em primeiro entre os resultados do Google por causa desse post aqui. O mais legal é que o post fala justamente o contrário: comenta sobre palavras que são escritas de forma errada nos cardápios de lanchonetes e botecos. 'Vargem' e 'cheder' são duas delas.

A segunda mais procurada é 'micose interdigital' porque um dia eu postei um texto que não tem nada a ver com micose - era um remédio que eu estava passando no braço depois de cair da bicicleta e que também era recomendado para micose... (leia aqui).

Bom, mas se essas palavrinhas fazem tanto sucesso assim, vou repeti-las sem parar para aumentar meu ibope... ehehhe

'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo' 'cardápio de luxo'
'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital' 'micose interdigital'

PS: aprendi isso com o S, do mais ou menas

09/05/2008

de mal a pior

Pobre tem futuro?

Não...

Pobre tem, no máximo, pretérito imperfeito, colega!



Christian Pior

07/05/2008

Suspiros e sensibilidade



O ser humano é de difícil compreensão. O fato de poder fazer escolhas, e escolhas em cima dessas escolhas e escolher entre escolhas semelhantes ou diferentes, o torna complexo. Escolher sempre azul não significa que goste sempre do azul. Quer dizer que o azul foi a melhor escolha nos momentos em questão. Escolher sempre o azul não é desgostar do amarelo, do laranja ou do verde-limão. O azul, pelo contrário, pode até ser menos importante no ranking de preferências. Mas ele segue como referência nas escolhas.

E então? Como saber a melhor escolha ou demonstrar o que se gosta mais? Não se sabe. Não se demonstra. As pessoas aprendem com experiências consecutivas, com as escolhas diárias. Então, perto de mim, você sempre escolhe o azul. Eu acho que você gosta mais de azul. Mas não gosta. E não tenho culpa em subentender isso. E tampouco você, de nunca ter demonstrado suas maiores preferências. E então? Como nos entendemos? Com olhares, toques, intuição e sexto sentido. É... a vida tem sido deveras subjetiva para mim nos últimos tempos...

06/05/2008

desdobramentos fenomenais

Da home do www.unicef.org.br:

O UNICEF esclarece que o Sr. Ronaldo Nazário de Lima não é e nunca foi embaixador do Fundo das Nações Unidas para a Infância e não tem qualquer vínculo oficial com esta agência. A menção ao nome do UNICEF na mídia recentemente foi um equívoco.

velha surda!

Passei o feriado do Dia do Trabalho em Santo Antônio do Pinhal, perto de Campos do Jordão. Como todo lugar turístico que abriga pessoas da cidade grande, restaurantes, pousadas, lojas e mercadinhos tinham nome de recanto e suas variantes 'aconchegantes' - como aconteceu em Visconde de Mauá, postado aqui e aqui. Recanto das Araucárias, Refúgio na Montanha, Vento Verde, Brumas de Santo Antônio, Verdes Alpes, Recanto das Águas, Riacho da Mata, Fonte das Hortências e até Recando dos Bichos (pet shop de Campos). Enfim, como não tinha como escapar dos 'recantos recônditos', então simplesmente ignorei o nome dos lugares e mergulhei de cabeça.

Fiz coisas muito divertidas, vi lugares lindos, passei muito frio*, me empolguei acendendo lareira, comi maravilhosamente bem** e vivi ótimos momentos. Um deles, em especial, muito engraçado. Estávamos procurando um tal Morro do Cruzeiro, que, segundo um guia local de turismo, ficava no centro e teria uma "vista privilegiada da cidade". Lá fomos nós. Seguimos as indicações do mapinha e não chegamos a cruzeiro nenhum, só ao morro. O Thomi parou para perguntar a uma senhora que passava pela rua.

- A senhora sabe onde fica o Morro do Cruzeiro?
- Torre do cruzeiro?
- Não! MORRO do Cruzeiro.
- Pão de cruzeiro?
- Não!!! M-O-R-R-O do Cruzeiro.
- Ah, não sei, não. [dirigindo-se à mulher que estava junto com ela]. Você sabe onde fica o porto do cruzeiro?
- Nãoooooo! Morro! MORRO do cruzeiro.
- Ela também não sabe.
- ...

O pior de tudo: um pouco mais adiante, perguntamos para um menino - sem problema algum de audição - e ele nos explicou como chegar ao morro. Subimos. Então, começaram a aparecer cruzeiros/cruzes na beira da estradinha. Vários, um atrás do outro, eqüidistantes. E, de repente, a estradinha acabou. No portão de uma casa. Sem mirante, sem vista, sem nada. :/


* O vento gelado cortou minha alma no topo do Pico Agudo.
** Eles fazem um tal chocolate quente suíço que é uma perdição. Sem falar em fondues, trutas e outras delícias. Nhammmmm

30/04/2008

surtada

E ontem, numa rua paralela à República do Líbano, eu vi uma loja cujo nome é um tanto ambíguo: Surtel.

Surtel!!! Mistura de 'surto' com 'telefone'. É mais ou menos o que a gente já sabe: quem compra um telefone está fadado a ter surtos - seja ele da Telefônica, Embratel, Tim, Claro, Vivo...

"Surtel, a empresa para donos de telefone surtados."

"Surtel, atendendo bem para você surtar sempre."

"Surtel, compre um telefone e ganhe um surto."

ahahahahah

bola pra frente!

Hahahahaahahahahaha!!! Depois do 'Fenômelo' ter admitido contratar três prostitutas (que sede!), ver três travecos (que fome de bola!), pagar irrisórios mil dinheiros, ser chantageado para pagar 50 mil (que, para ele, é trocado) e ser motivo de chacota pelo 'mundinteiro', perdeu a namorada - ex do Nelsinho Piquet.

O engraçado é ler as piadas sobre o caso. Que ele não precisa mais de cirurgia no joelho, mas nos olhos. Que pensar que os travecos, com aqueles braços largos e rosto grande, seriam mulheres é pedir muita complacência da sociedade... melhor ainda os desdobramentos do caso: Andréia Albertine (que nasceu André Luiz Ribeiro Albertino) disse ter feito sexo oral no jogador, registrou a dicussão em seu celular e ainda vai gravar alguns programas de televisão em São Paulo.

É bom que aproveite os 15 minutos de fama, porque terá que dividi-los com Carla (nascida Júnior Ribeiro da Silva) e a outra companheira de bafón. Que loucuuuuura!

29/04/2008

eu vévo na tiodoro

Hoje tive que passar na Rua Teodoro Sampaio para fazer uma comprinha de última hora. Num intervalo de 1 minuto, escutei duas expressões muuuuito divertidas. E muito populares também.

A primeira veio de uma senhora bem gorda, obesa, que caminhava com muita dificuldade, apoiada em uma mulher mais jovem. "Ali na Tiodoro tinha uma loja de tapetes ótima!". Tiodoro!!! Uhuuuu.

Atravessei a rua e, mal tinha me recuperado da expressão que me remete à "acadimia" e ao "mundinteiro", entrei em uma loja de brinquedos. Queria saber o preço de um sabre de luz, dos jedis (não cabe dizer o motivo), e perguntei ao vendedor.

eu - Por favor, você tem a espada dos jedis, o sabre de luz?
v1 - Um minuto, por favor.
Fulana, tem ainda espada de jedi?
v2 - Não. Acabou tudo.
eu - Poxa. Que pena!
v1 - Pois é, não tem mais nada.
eu - Será que chega logo?
v1 - Olha, não sei, viu! O filme nem está mais em cartaz.
eu - Mas tem a exposição na Bienal...
v1 - Só que os brinquedos infantis vévem de sucesso. Acabou o boom, somem das lojas.

Vévemmmmmmmmmmmmmmmmmm Eu vévo, tu véves, eles vévem!!! Demais!!! Fiquei parada, em frente ao vendedor, naqueles segundos (poucos segundos) constragedores, em que não sabia como agir. Fiquei quieta. Depois, agradeci e dei um largo sorriso. O cara tinha sido muito simpático. Até me explicou porque certamente eu não encontrarei mais o brinquedo nas lojas... uma pena!

28/04/2008

ira social

Virada Cultural. São Paulo, 26 e 27 de abril. Mais de 800 atrações por toda a cidade, cujo centro concentrou a maioria delas, em 26 palcos.

Museu da Casa Brasileira, Jardim Europa, 26 de abril, cerca das 22h. Show da Banda Glória.

- Você vai para o centro?
- Ah, não vou, não.
- Estou pensando se não ser muita muvuca...
- Nada se compara a poder deixar o carro na mão do vallet. Além do mais, prefiro ficar só aqui, que tem uma seleção natural de pessoas. Lá no centro é muito zoológico.
- ...

Esta que vos fala não participou da conversa, apenas observava. Depois dessa, quase dei uma mordida no preibói. "Nhac! A onça fugiu do zoológico e veio para os Jardins. Nem aqui você está a salvo!".

24/04/2008

vaca e boi. boi e vaca

Vida de Gado - sempre o mesmo pasto, sempre a mesma merda. No fim, o abate.

Coloquei isso no meu nick do MSN hoje. Achei interessante porque pode servir para todos os lados da vida: social, familiar, amoroso e profissional. É para se refletir...

23/04/2008

plaquetinha



Peguei desse site. Ótima invenção! Evitaria muitos constragimentos...

Glória Maria contra o tempo

Eu posso estar muito, mas muito enganada. Mas acho que a Glória Maria cometeu uma tremenda gafe ontem, no programa do Amaury Jr. Tá bommmm, eu sei que esse não é o tipo de programação televisiva que eu defenda existir, mas se eu não assistir nunca, não poderei criticar - fora que sempre rola umas cenas vergonhosas! - o que é muito engraçado, por sinal. Pois bem...

Era uma festa da Dior, temática dos anos 60. Amaury perguntou a Glória o que de mais legal ela se recordava dos anos 60. "Eu não vivi essa época", respondeu ela, assim como outras coroas bemmmmm plastificadas que ninguém sabe a real idade - Hebe Camargo fez a mesma 'piada'. Enfim, depois de listar inúmeras boas coisas dos anos dourados, ela disse que adorava a Tropicália. E arriscou uns versos: "Caminhando contra o tempo, sem lenço sem documento...". Finalizou com um "eu simplesmente adoro a Tropicália!".

Agora, pergunto eu, como ela gosta tannnnnto assim se nem sabe a letra direito? Acho que ela cantou certo mesmo, porque, no fim das contas, ela caminha contra o tempo. E contra a gravidade. E contra os radicais livres...

Bah!

18/04/2008

Dá o pé, louro!

Para complementar o post "Assim caminha a humanidade...", o Tomi guardou a Folha de segunda para me mostrar essa tirinha, abaixo. Diria que é minha imagem em forma de HQ. A laura virou louro... Perfecto!

reloginho

Olha que coisa mais legal que eu achei no blog da Ju. É um relógio humano. A cada minuto, muda a fotinha, com a hora atualizada, obviamente. Dá para deixar na página normal do site ou abrir num pop (como a img abaixo). Muito divertido! Dá pra mandar fotos também. Adorei!!



Quer ver como funciona? Clique aqui.

17/04/2008

tombos e mais tombos

Apesar de eu não ter tido problemas na fase anal (como escrevi no post abaixo), tenho seqüelas até hoje porque não aprendi a fase equilibral (se é que ela existe) direito. Fase equilibral, para mim, é quando a criança começa a perceber que se equilibrar sobre duas pernas a fará se deslocar melhor - e começará a desbravar o mundo. Assim como o homo erectus em relação ao habilis.

Minha mãe me disse que eu comecei a andar exatamente no dia do meu aniversário de 1 ano (deveria ter esperado mais um ano...). Depois disso, mal parava em pé - preferia escalar sofás, armários, biombos, escadas, muros ou qualquer coisa que me levasse às alturas. Cheguei a subir na sacada e desabar do segundo andar do sobrado onde morava. Caí. Fui aos céus e voltei ao inferno, tipo Ícaro. Não fraturei nada, mas minha mãe ficou uma semana sem dormir.

Essa negação em andar sobre as duas pernas (preferia ficar de cabeça pra baixo, em parada de mão, do que em pé) me deixou inúmeros roxos pelas pernas, a ponto do meu pediatra dizer que eu tinha perna de um muleque :( Depois de adulta, cair estatelada no chão dói muito mais do que quando criança, deixa cicatrizes mais feias e é algo socialmente inaceitável, que revela ingênua imaturidade.

Mas... óbvio que eu continuo caindo. Rolei da escada na minha formatura, e na de uma amiga. Caí num casamento há duas semanas (como disse aqui), voei da bicicleta (que contei aqui também), caí em cima de um holofote de luz noutro casamento e assim minha vida de altos e baixos (literalmente) vai se desenrolando. O pior mesmo é quando, entre uma queda e outra, não dá tempo para a recuperação.

Poxa! Eu tô com a canela toda fudida, inchada, do pé até o joelho roxa, com a outra perna doendo por andar torto... mas não aprendo mesmo. Dei um escorregão forte na escada do restaurante em que almocei hoje. Não caí porque me segurei na grade, mas me apoiei na perna que já está machucada. Assim não dá! Dói, caramba.

Cocô, fase anal e maturidade

Cocô, cocô, cocô, cocô! Adoro falar sobre cocô, acho engraçado porque é o tipo da coisa que é recebida de maneiras muito diferentes pelas pessoas. Tem gente como eu, que fala de cocô como fala de Mc Donald's (não que as duas coisas sejam iguais, mas, na minha opinião, a primeira é muito mais interessante). Tem gente que "não fede, nem cheira" sobre o cocô (com o perdão do trocadilho). Outros, ainda, mais recatados, ficam com vergonha. E tem também aqueles que não gostam de falar sobre. Não gostam nem de falar que vão ao banheiro, têm problemas com o cocô.

Este último tipo, descobri ontem, teve questões durante a 'fase anal' que não se resolveram. Fase anal, disse Freud, é entre os 2 e 4 anos de idade, quando a criança percebe seus excrementos, brinca com massas, argilas, suja-se com prazer e "caga" para o mundo.

Durante a fase anal, eu morava num sobrado no Caxingui. Deveria ter uns dois anos e meio e comecei a aprontar em casa. Um dia escondi a chave, minha mãe descobriu e eu fiquei de castigo. Caguei pra ela. Outro dia, "cagando pro mundo", o mundo cagou pra mim. Tinha uma televisão PB, daquelas em que o nível de contraste de cor e som era feito por meio de botões deslizantes. Quanto mais para a direita, mais alto. Pois bem. Estava sozinha na sala, tinha acabado de desligar a TV e tive a brilhante idéia de deixar o volume no último, para assustar o próximo que fosse ligar o aparelho. Como próximo, leia-se: minha mãe, a empregada ou eu mesma. E foi a última pessoinha que ligou. Dei um dos maiores pulos da vida e comecei a chorar de susto, de raiva de mim e de desespero por ter sido a vítima da minha própria armadilha.

Talvez isso tenha me libertado da fase anal, me fez passar por ela sem danos futuros. Aprendi que se você não respeita ou se importa com as pessoas, elas te ignorarão sempre, de maneira direta, cínica ou hipócrita. Elas vão 'cagar' pra você. Darão de ombros. Se você exerce o mal, coisas más virão até você mais rápido do que você imagina. Pode parecer piegas, mas é verdade. Só te dão importância quando você passa a se importar de verdade com as coisas. Isso é encarar a vida.

P.S.: O fato de eu não ter problema em falar sobre cocô não signifca que eu goste de ter dor de barriga, piriri, cólicas e afins.

16/04/2008

Surtada ficarei eu!

Hoje o caderno Cotidiano da Folha está no mais alto nível de "espreme que sai sangue". Deixou o NP no chinelo. E os mais sensíveis, de cabelos em pé. Todos os cabelos do corpo, diga-se de passagem.

Primeira notícia: desdobramentos do caso Isabella. Papai e madrasta teriam, respectivamente, atirado do sexto andar e asfixiado a menina.

Segunda notícia: cuidado! A Noiva, de Kill Bill, pode te atacar a qualquer momento. No caso brasileiro, ela é desempregada, se chama Fábio da Conceição Calado, tem 27 anos e mora em Duque de Caxias, no Rio. Depois da namorada terminar tudo com ele, não se conteve em apenas ameaçá-la. Pegou sua espada ninja e tcha nã nã nããããã. Decepou um braço da mulher e cortou metade da outra mão. À la "the Bride" (Uma Thurman). Só faltou a enfermeira (Daryl Hannah) com tampão e a trilha de fundo (tãrã, tarãrã, tãrã, tarãrã, tãrãrãrãrãrãrãrã...)


Terceira notícia: Farah Jorge Farah, aquele médico que em 2003 dissecou, tirou a pele e guardou partes da ex-namorada em sacos de lixo disse que não se lembra do que aconteceu. A polícia acha que o esquartejamento tenha durado 10 horas - período no qual o médico teria surtado. Ele disse que a ex entrou em seu consultório com uma faca na mão, ele reagiu e, depois disso, só Deus sabe. "Eu não sabia se era realidade, sonho ou pesadelo." Eu sei: é pura maluquice. A mãe da vítima disse que se não houver justiça na Terra, "de Deus ele não escapa". Ô, crendice estúpida!

malandro-mixirica

C A R A L E O !!!

O jeitinho espertalhão brasileiro não tem fim: nem lá fora e nem quando se trata de morte. Odeio que digam que brasileiros dão uma de esperto para ganhar em cima dos outros, mas diante dos fatos, só me resta lamentar. Hoje deu na Folha que um compatriota que mora nos EUA comprou um corpo de um indigente curitibano para forjar sua própria morte. O malandrão ganharia 1,6 milhão de doletas de um seguro de vida americano, junto com mais três comparsas - incluindo um funcionário do IML de Curitiba, que teria feito um atestado de óbito falso. A esposa do golpista, que mora ilegalmente nos Estados Unidos, já tinha acionado o seguro para receber os dólares. Mas, agora, com o crime descoberto, espero que todos ganhem alguns anos no xadrez. E que a alma do defunto vá puxar o pé deles à noite.

15/04/2008

frangoesa*



*dispensa explicações

Assim caminha a humanidade...

Há momentos em que a gente se esforça e quer se sentir recompensada. Isso acontece em todos os níveis da vida: profissional, familiar, social e amoroso. Por vezes, fazemos por ser valorizados, mas ninguém nos enxerga. Queremos dar um passo maior, mudar, transformar, melhorar, mas os ouvidos se fecham e nos sentimos isolados. É um estar sozinho no meio da multidão, é escolher o vermelho quando a moda dita o branco. É se sentir fraco e impotente, mesmo tendo a força interna para resolver todos os problemas.

Ao seu lado, pessoas que não te dão chance, que te olham, mas não te enxergam. Pessoas que, com comportamento superficial, castram suas realizações e desejos. Suprimem suas vontades, fechando os olhos para as coisas boas que podem vir. É uma bronca no momento de euforia, uma ironia que bloqueia a felicidade, um desvio no olhar quando se demanda atenção. É o funcionarismo público que permeia os lados emocionais e racionais da vida.

Temo que as pessoas estejam se tornando burocráticas e insensíveis demais. Com humor limitado e práticas repetitivas. Não se quer ousar, não se ousa deixar que ousem. Não trepam e não saem de cima. E, assim, a humanidade caminha estéril, frágil e feudal.

14/04/2008

Cotidiano

No restaurante, estão analisando o cardápio. "Será que pedimos isso ou aquilo?" Ela diz que já comeu uma porção muito boa dali, mas parece que aquela outra vem mais... e como ele está com fome, melhor pedir uma maior. "Ah, mas essa é mais barata. Vamos pedir a menor." Chega a comida e eles comem. A mesa ao lado pediu a porção grandona. Os dois babam. Ela, munida de razão, solta um sonoro "não disse?". Ele, de fome, decide atacar o prato dos vizinhos.

11/04/2008

Laura Lopes revitalizada

É, pessoal. Eu andei meio caidinha nos últimos tempos. Borocochô, macambuzia, sorumbática... mas a Prefeitura de São Caetano do Sul me revitalizou. Aliás, Laura Lopes foi municipalizada, uma referência do Bairro Prosperidade. Não sabia de tamanha importância. Mas, explico: Laura Lopes é uma escola de São caetano. Minha xará! Várias vezes eu a vi no Google, quando queria saber como o mundo virtual me enxergava. Óbvio que quem achou essa notícia foi o S, morador convicto do ABC. E o Thomi disse que namora uma EMEF. Isso aí, EMEF Lalau.

Segue um pedacinho da notícia:

Prefeitura entrega EMEF Laura Lopes revitalizada

Uma das referências do Bairro Prosperidade, em São Caetano do Sul, a escola Laura Lopes foi municipalizada pela Prefeitura – a partir desse processo, a Administração assumiu o controle da parte pedagógica de dez unidades estudantis de Ensino Fundamental. Para adequar a EMEF Laura Lopes às necessidades atuais e prepará-la para suportar as demandas futuras, o Poder Público Municipal promoveu uma ampla reforma na unidade. A reinauguração oficial da instituição será realizada nesta quarta-feira (16/4), às 16h30 – a unidade está situada à Rua do Coral, 155.

10/04/2008

auto-estorvo

Por um motivo muito, mas muito particular, tive que ler alguns textos de auto-ajuda recentemente. Foram três vezes: uma sobre marketing pessoal, outra sobre cultura da gentileza e, por fim, sobre os benefícios de se comemorar as pequenas e grandes vitórias da vida. Não cabe dizer os motivos que me obrigaram a consumir esse tipo de literatura, mas juro que ela me deixa sem forças. É muita enganação, meu povo!

Quem é que não sabe que procurar ser feliz é a chave para a felicidade? Quem é que não sabe que tratar bem os outros lhe traz benefícios pessoais, profissionais e sociais? Quem é que (raios!) não sabe que gentileza atrai gentileza, que energia positiva traz energia positiva? Que estudar, ler, correr atrás de outras coisas além de ficar pasmando no trabalho melhora suas competências e proporciona sucesso profissional? Que saber a hora de ouvir, falar e dar opiniões é um dom? E que ser "pró-ativo" (odeio essa palavra!!) enche os olhos de qualquer chefia? Que trabalhar mais de 10 horas por dia pode interferir em sua vida social e familiar, estragando amizades e casamento?

O mais triste é pensar que eles vendem tanto. O ser humano é tão ignorante que não consegue concluir essas coisas sozinho? É só ler contos de fadas, filmes infantis, novelas e roteiros que trabalham o dualismo bem X mal. É coisa tão primária e tão óbvia, mas acho que as pessoas têm preguiça e preferem comprar um livro (melhor um livro de auto-ajuda do que os longos períodos do Saramago...) para serem lembradas dia após dia do que devem ou não fazer. Mas, sinceramente, se elas seguissem à risca, o mundo seria muito melhor, né?

= = = = = = = =

Eu li um livro ótimo sobre como ficar mal. É isso aí. Foi o melhor livro de auto-ajuda (ou seria anti-auto-ajuda?) que já li. E foi por prazer, não por obrigação. Ganhei de um bom amigo, que é tão cético e pessimista quanto eu. O livro chama Sempre pode piorar ou A arte de ser (in)feliz. O autor mostra milhares de caminhos para você acreditar que tudo pode ficar muito pior e que você é a melhor pessoa para contribuir para que isso aconteça. Ele sugere, inclusive, alguns exercícios. Cito alguns:

Sentado no sofá, olhe para o céu através da janela. Com um pouco de sorte, você logo notará minúsculas bolhas redondinhas, que vão descendo devagarinho, enquanto você mantiver o olho parado. Além disso, as bolhas parecem aumentar de número e tamanho... Imagine agora que você está com alguma doença grave, pois se os círculos ocuparem todo o seu campo de visão, você terá uma visão terrivelmente embaçada. Vá ao oculista. Ele tentará lhe explicar que se trata de simples e inofensivos pontinhos luminosos. Mas suponha que seu oculista estava com sarampo no dia em que explicaram a sua doença no curso de oftalmologia; melhor ainda, imagine que o oculista, por simples caridade cristã, não quer que você saiba que o seu mal é incurável.

Se este negócio dos pontinhos luminosos não der muito certo, não é preciso ficar aflito. Nossos ouvidos oferecem uma compensação à altura. Vá até uma sala completamente silenciosa e ouça com atenção um zumbido, um zunido, um leve assobio... Com a dedicação necessária, você conseguirá perceber o som sempre mais freqüente e mais alto. Finalmente, vá ao médico. A partir daqui, valha-se do exercício anterior, com a exceção de que o médico vai minimizar a coisa toda, como se fosse uma simples e normal labirintite.

Gostou? esses foram apenas dois exercícios. Há muito mais. Clique aqui e saiba mais. Está ruim? Não há problemas, com certeza vai piorar...

07/04/2008

Mais casório

Sábado eu fui a um casamento incrível. O lugar era maravilhoso, a comida estava ótima, a decoração, perfeita, e as bebidas, superfinas. Eu até peguei o buquê... e... caí da escada. Hoje minha canela e pé estão parecendo um pão, de tão inchados. E dói!!!

P.S.: esta é o 100o post!!