31/08/2012

A irracionalidade do ser racional

Tem coisas que você realmente gostaria que dessem certo, mas não dão. Apesar de tentar, se dedicar, correr atrás, não gruda. Não dá cola. Não engrena. No trabalho, na amizade, nos planos para o futuro, nas relações amorosas...

E quero falar sobre estas últimas. A gente passa a vida inteira procurando alguém que realmente se preocupe com a gente e, quando encontra uma pessoa de coração e alma abertos, ela não toca nosso coração. Não o faz balançar, tremer e eriçar nossos pelos. E a gente tem que dizer tchau a oportunidades únicas.

Por que será que, racionalmente, procuramos alguém que goste cegamente da gente, se, na prática, estimulamos nossa irracionalidade atrás de pessoas que, invariavelmente, nos machucarão? A gente gosta de viver em frangalhos?

Papo trash esse de pensar que, de repente, estou (ou estamos?) fazendo tudo errado. Pessoa tão emocionalmente independepente também pode perder a cabeça por alguém, não é mesmo? E os inseguros poderão se sentir maduros em relações fortes e duradouras. É certo. Mas será que a sensação de estar com alguém não se confunde com a posse, e isso é o que realmente permeia a maioria das relações? Uátemsomdiú? Setembrochove?

Muitas dúvidas nesse dia. E hoje tem Blue Moon. E em dezembro o mundo vai acabar. Será?

"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém"

28/08/2012

Tudo novo, e sempre velho

Voltei à tona no blog. Espero.

Queria dar nova vida ao caderninho com experiências gastronômicas, mas hoje aconteceu algo que fala muito sobre mim.

Estava assistindo à reprise da novela Que Rei sou eu?, no Viva, e me lembrei do quanto essa novela é super-master-blaster-plus e também do quanto eu gostava dela quanto eu tinha... sete, oito anos. Eu achava sensacional uma novela tirar sarro da situação política do país. Mas nem vou falar sobre a política em ano de eleição, nem sobre quanto estamos chatos-e-burros-e-reacionários em SP. Vou falar sobre o álbum que fiz de Que Rei sou eu?

É... naquela época, a gente comprava álbum para completar com figurinhas. E não era só de futebol. Era de novela também. E essa novela foi tão tão tão boa, que fizeram um álbum dela. E eu tinha. E completei!!! E fui isso que fui procurar hoje, em meus arquivos.

Acontece que, mudando de um lado para outro, perdi meu álbum da novela. Na verdade, perdi em alguma mudança ou perdi aqui em casa. Não achei.

E, procurando o álbum, nesta madrugada de segunda, encontrei muita coisa do que significa ser myself.


O que encontrei - e joguei fora - depois de quase 10 anos vivendo sozinha:

1. boleto de taxa de lixo de 2003
2. lembrete de ações que deveria resgatar em 2002
3. IPVA de 2004/2005/2006/2007
4. manual de uma geladeira que nem está mais comigo
5. nota de um celular Siemens de 2003
6. nota e garantia de serviço do carro em 2000
7. comprovante do IR de 2003
8. manual de um aparelho de DVD que doei a uma amiga queridíssima, e faz tanto tempo que nem sei se ela o tem...
9. recado fofo de uma prima querida na nota do DVD acima
10. manual de um videocassete que ainda mantenho no armário
11. documentação do seguro do meu carro de 2006 e 2007

Acho que devo jogar tudo isso no lixo (a não ser pelo recado da minha prima), porque essas coisas ocupam espaço.

Quanto papel!!! Podia ter não jogado o álbum do  Que Rei sou eu? em vez de guardar tanta porcaria. E isso fica para a vida inteira. :)