31/08/2012

A irracionalidade do ser racional

Tem coisas que você realmente gostaria que dessem certo, mas não dão. Apesar de tentar, se dedicar, correr atrás, não gruda. Não dá cola. Não engrena. No trabalho, na amizade, nos planos para o futuro, nas relações amorosas...

E quero falar sobre estas últimas. A gente passa a vida inteira procurando alguém que realmente se preocupe com a gente e, quando encontra uma pessoa de coração e alma abertos, ela não toca nosso coração. Não o faz balançar, tremer e eriçar nossos pelos. E a gente tem que dizer tchau a oportunidades únicas.

Por que será que, racionalmente, procuramos alguém que goste cegamente da gente, se, na prática, estimulamos nossa irracionalidade atrás de pessoas que, invariavelmente, nos machucarão? A gente gosta de viver em frangalhos?

Papo trash esse de pensar que, de repente, estou (ou estamos?) fazendo tudo errado. Pessoa tão emocionalmente independepente também pode perder a cabeça por alguém, não é mesmo? E os inseguros poderão se sentir maduros em relações fortes e duradouras. É certo. Mas será que a sensação de estar com alguém não se confunde com a posse, e isso é o que realmente permeia a maioria das relações? Uátemsomdiú? Setembrochove?

Muitas dúvidas nesse dia. E hoje tem Blue Moon. E em dezembro o mundo vai acabar. Será?

"João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém"

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