24/07/2008

macumbaboa

Estou fazendo uma matéria sobre "a hora certa de sair da casa dos pais". Vou conversar com uma psicóloga, mas já comecei a pesquisar informações na internet - leia-se: Google. Digitei 'quando sair de casa' e chegaram inúmeras variantes do 'sair de casa'. Diploma sem sair de casa, viaje por dois mundos sem sair de casa, ganhe dinheiro sem sair de casa, aprenda CSS sem sair de casa, estudar no exterior sem sair de casa (essa é fisicamente impossível, mas...), como destruir a Amazônia sem sair de casa (o negócio vai ficando pior...) e, o link campeão: Faça sua macumba sem sair de casa!!!!

Diésus!!! Esse povo corre sério risco de morrer de obesidade mórbida. Carai, véi! Até pra viajar e fazer macumba os caras ficam em casa. Mas quem quiser tentar uma fézinha na galinha preta, www.macumbaonline.com. O máximo que eu tinha vista era o www.macumbavirtual.com.br, do Pai Toninho, que sugere um monte de simpatias engraçadas e nada sérias. Um site divertidíssimo.

22/07/2008

27 anos que não têm volta

Quando completou 27 anos, uma grande amiga mandou um email para convidar os amigos para um almoço. Escreveu ela:

"Meus Amados Amigos do Coração!
Hoje estou completando 27 anos de um caminho que não tem volta!..."

É isso aí. De um caminho que não tem volta.

No meu aniverário, há menos de 10 dias, coloquei no meu nick do MSN: "Próxima da realidade dos 30, distante dos sonhos dos 20..." Muita gente achou que existia um ar melancólico na mensagem, outros viram algo de positivo em ser pé no chão.

Eu ainda não descobri: o copo está meio cheio ou meio vazio? Depende do tamanho da sua sede!

14/07/2008

HIV no farol

Ultimamente tenho andado mais de carro. Espero voltar logo para o transporte coletivo, mas, enquanto isso não acontece, é impossível passar por certas coisas de olhos fechados. Nos últimos dias, umas quatro pessoas vieram pedir dinheiro no farol alegando ser HIV positivo. Dois homens de meia idade, uma velha senhora magricela e uma jovem bonita e cheia de vida.

Em todas as ocasiões, eles pediam dinheiro para comer. Uma moeda, qualquer coisa. Eu me sinto tocada com esse tipo de condição, mas mesmo assim não dei dinheiro. Não gosto de esmola. Em um dos casos, a mulher alegava que a doença a impedia de trabalhar. Isso é o mais triste: a Aids não deveria ser um impedimento de contratação. E, com um bom tratamento, é possível viver saudável durante anos a fio - e nunca faltar ao trabalho por conta do quadro de saúde.

Vendo por outro lado, pode ser o golpe do HIV. "Sou soro positivo, tenha piedade de mim e me dê um trocado"... Sei lá. Só sei que é triste. HIV, esmola ou pobreza.

06/07/2008

labilidademente labili

Mais uma que eu aprendo por conta do trabalho...

Se você acha que é uma pessoa diferente das outras, que seu problema é único e que seu comportamento é uma incógnita para a psicologia, não tente suicídio, mas para tudo tem uma explicação psico-científica. Infelizmente. Acabo de descobrir que meu ímpeto emocional e minha instabilidade tão caracteristicos são elementos do que se ousou chamar de labilidade emocional. Acho que sofro disso, labilidade emocional. Palavrinha difícil, né? Labilidade...

Enfim, vamos à sua definição:

"Volatilidade; instabilidade. A labilidade emocional refere-se a emoções que são inusita­damente móveis e que, portanto, não estão sob controle adequado; é observada mais comu­mente nas síndromes cerebrais orgânicas e nos estágios iniciais das esquizofrenias"(ãhn??).

É, também, "um estado especial em que se produz a mudança rápida e imotivada do humor ou estado de ânimo, sempre acompanhada de extraordinária intensidade afetiva. Esta forma súbita de reagir diante dos estímulos do meio exterior revela pessoas incapazes de controlar a intensidade de suas reações."

Pronto! Estou à beira da esquizofrenia e com risco de passar a não suportar conviver em sociedade. Lindo. Parabéns, Laura. É isso aí. À beira do abismo...

03/07/2008

"tia"

Sempre quando alguém chama outro alguém de "tia", me vem à mente minha mãe dizendo "não sou sua tia", em tom de brincadeira-com-fundo-de-verdade. Ok, ela não tinha lá muito bom humor, principalmente em relação a isso, mas é fato: a maioria das pessoas que são chamadas de "tia" não são tias, realmente, de quem as chamam.

A não ser as minhas tias mesmo, e uma ou duas mães de amigas muito queridas, não costumo chamar de tia qualquer mulher que atravesse meu caminho. Eis que hoje, parada num farol, tinha uma "tiazinha", dessas bem mirradinhas, magricelinhas, e na "melhor idade", pedindo dinheiro aos motoristas. E não é que essa "tiazinha" veio me chamar de tia? "Tia, tem uma moeda?"

Antes que eu respondesse o costumeiro "não", fiquei alguns segundos pensando sobre o que ela disse. Poxa, ela é que é a tiazinha! Não eu!!!

online x offline

Sabe o que é mais engraçado nessa história de pane no Speedy? As notícias avisavam pessoas conectadas que outras tantas estavam offline. Para as primeiras, que não se sentiram prejudicadas, outras notícias diziam que seria possível processar a Telefônica pelos danos causados. E, repito, as notícias eram lidas pela população online. Quando o grupo offline ficasse online, os noticiários de internet já teriam caducado as notícias que ao grupo interessasse...

Não é curioso?

01/07/2008

ling-ling-alô

Hoje eu liguei para o Centro Social Chinês de São Paulo, para falar com algum ser humano sobre, obviamente, a China. Disseram para ligar amanhã, das 10h às 12h, e falar com a secretária – ÚNICA chinesa que trabalha lá. Coisa de louco: só a secretária vai bater ponto, de vez em nunca e em horário apertado. Parece que a diretoria (que tem chineses) nem tchum; não aparece. Desliguei o telefone me perguntando por que uma associação chinesa não tem chineses com quem eu possa conversar. Mas esse problema se resolveu rapidamente.

Liguei, então, para a Associação Cultural Chinesa do Brasil, que parece agremiar o maior número de sociedades chinesas que existem por aqui. Uma tal de Li atendeu. Ela sabia dizer "alô" e "o quê você quer". Me apresentei e disse a que vinha... e nada. O telefone ficou mudo. Mudinho da Silva.

"Alô", disse eu. "Alô", disse a Li. "Você entendeu o que eu disse?". "Você que-loquê?". Que roubada!!! Expliquei de novo e, é óbvio, ela não entendeu bulhufas. "Vou chama-loutla pessoa". E começou a falar em chinês, muito rápido e alto. Escutei um homem respondendo, no mesmo tom, um monte de sons que, para mim, não significam absolutamente nada: chin, shon, shuin, lin, long, gong, chee, lao, lui...%¨@&% $$*(*)$#@ ªº¢£ é a mãe!!

E o homem atendeu o telefone. "Alô? O que quel?". "Q-u-e-r-o f-a-l-a-r s-o-b-r-e c-u-l-t-u-r-a c-h-i-n-e-s-a", bem pausadamente, para não confundir. "No tem ninguém agola. Liga amanhã, fala com a Felnanda".

Incrível! Ou tem porteiro que não sabe nada de China ou tem chinês que não entende uma vírgula de português... até parece que eu estou em outro país...