24/08/2009

buenos aires - primeiras impressoes

Estou fazendo um diário por escrito, porque fica mais fácil. Mas deixo algumas impressões daqui:

- A cidade é plana, linda, linda, linda! Dá para andar a pé por todos os lugares, o que te deixa mais cansado do que você imaginaria. Afinal, uma linha reta e plana parece não cansar tanto, a princípio.

- Aqui tem sujeira, vi muita. Não sei se é porque estamos num fim de semana... espero que melhore amanhã (segunda).

- Também tem pobres e casas abandonadas, com tapumes. Muitas no centro. Os caixas eletrônicos estao cheios de papéis no chão. Sujeira feia. São Paulo também tem muito disso, muito mais. América do Sul é América do Sul...

- A comida é boa, mesmo nos restaurantes razoáveis. Pode-se comer bem, muito bem, pagando a metade do que se paga em São Paulo. Isso é bom, muito bom.

- O hostel é em Palermo, um bairro tranquilo, seguro m gostoso. Muitos restaurantes perto, lojas, vendinhas 24h e muito transporte.

- Os ônibus são velhacos. Não andamos ainda, mas muito até apitam... rs. Outros são modernos, mas têm pintura retrô. Adorei!

- Algumas linhas do metrô são bem velhas. Pé direito baixo e muito mofo. Sujeira também. As mais novas são mais modernas, mas é engraçado porque eu sempre comparo a São Paulo: super limpo, novo e a linha é pequena demais para o tamanho da cidade. Aqui o metrô deve ter começado antes... Em algumas estações parece Blade Runner. É louco, diferente. O trem demora a chegar de 7 a 9 minutos. Por isso costumam ficar cheios.

- Además, estoy feliz!!!!

21/08/2009

Promessa

Ok, ok. Estou escrevendo muitíssimo pouco no blog. Isso dispersa leitores, eu sei. Mas juro que não é por falta de vontade. Às vezes me pego indo para o trabalho e pensando no texto que iria postar no blog e simplesmente não tenho tempo para isso. Saio tarde do trampo e, quando chega a hora, fico xiliquenta para ir embora, afinal, muitas vezes só estou eu e as paredes na 'firma'. Preciso de gente por perto!! E o blog fica para depois.

Mas estou saindo de férias! Uhuuuuuuuuuuuuuuuuuu Depois de um período de 7 anos - as últimas férias foram em 2006, quando eu me dediquei ao TCC (=sem férias) e, antes, fiquei sem trabalhar apenas em 2002 -, eu tenho o meu regozijo. Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh

É como se eu sentasse na 'cadeira do papai' e ficasse assistindo ao 'Domingão do Faustão' todos os dias. Ahhhhhhhhhhhh

Mas não. Vou viajar e ser muito feliz. Desde que eu era criança, não me lembro de ter passado 15 dias viajando, passeando, dormindo ou qualquer outra coisa que as pessoas fazem nas férias. Vou para a Argentina 'bailar tango y tomar vino'. E sem medo da gripe suína! Uhuuuuuuu

Pretendo fazer um diário de viagem que registrarei aqui.

Keep in contact.

08/08/2009

Especial dia dos pais

De uma jornalista que não quis se identificar. O que o Dia dos Pais significa para ela?


"Eu nasci em julho. Mas fui registrada em 8 de setembro. Minha mãe morava em São Paulo e, meu pai, no interior. Eles namoraram, foram, voltaram e terminaram definitivamente. Depois, minha mãe descobriu que estava grávida. E não contou para ele. Eu nasci e, com a pressão da família, ela decidiu contar. Mas não por telefone, por carta. Quando ele soube, correu para a capital e eu fui registrada.

Quando eu ainda era criança, voltamos para o interior. Ele nunca aparecia, nem nos aniversários, nem nunca. Eu ficava pronta esperando a visita e ele dava o cano. Minha mãe não queria que eu nutrisse raiva, então dava desculpas, mil desculpas. Certa vez ele me deu uma boneca de aniversário. Eu a deixei de lado e fui brincar com outra coisa. Até hoje minha tia se lembra disso com orgulho. Os presentes do Dia dos Pais que fazia na escola eram sempre nomeadas a ela, o que causava certa apreensão nas professoras.

O tempo passou e ele nunca se aproximou, nem mesmo ajudou com os gastos - eu estudava em colégio particular e fazia todas as aulas que uma criaça poderia fazer: de ballet a karatê, passando por natação, coral, flauta... Minha mãe era tudo para mim: além de inteligente e culta, esclarecida e batalhadora.

Ela morreu quando eu tinha 22 anos. Nessa época, meu pai resolveu ajudar e me deu uma grana para eu comprar um apartamento. Uma ajuda, apenas, porque ela tinha feito um seguro de vida (embora nunca tenha conseguido comprar a sonhada "casa própria"). Ele nunca foi de luxos, mas sempre viveu bem. A gente (eu e minha mãe) sempre teve uma vida econômica, e com algumas dívidas. Uma, aliás, que eu tive que pagar quando ela se foi. Depois da compra do apê, e isso já vai fazer sete anos, ele me ajudou outra vez. E depois passou a me ignorar: não atendia o telefone, não retornava, mesmo quando eu ia visitá-lo (e ele nunca estava).

Decidi que ele nunca fez e nunca fará parte da minha. É triste, mas uma decisão realista. Sinto falta de alguém para me dar colo e conselhos, mas acho que consigo ter muito do que ele não me deu por meio da minha família, amigos e namorado. A relação que eu tinha com minha mãe jamais terei com qualquer pessoa. Éramos próximas, amigas, mas com todo o respeito que existe entre mãe e filha - e vice-versa. Minha mãe foi extraordinária até onde pode. Meu pai, inexistente. Isso deixará sequelas para sempre, por mais que eu tente afastá-las.
"