15/04/2008

Assim caminha a humanidade...

Há momentos em que a gente se esforça e quer se sentir recompensada. Isso acontece em todos os níveis da vida: profissional, familiar, social e amoroso. Por vezes, fazemos por ser valorizados, mas ninguém nos enxerga. Queremos dar um passo maior, mudar, transformar, melhorar, mas os ouvidos se fecham e nos sentimos isolados. É um estar sozinho no meio da multidão, é escolher o vermelho quando a moda dita o branco. É se sentir fraco e impotente, mesmo tendo a força interna para resolver todos os problemas.

Ao seu lado, pessoas que não te dão chance, que te olham, mas não te enxergam. Pessoas que, com comportamento superficial, castram suas realizações e desejos. Suprimem suas vontades, fechando os olhos para as coisas boas que podem vir. É uma bronca no momento de euforia, uma ironia que bloqueia a felicidade, um desvio no olhar quando se demanda atenção. É o funcionarismo público que permeia os lados emocionais e racionais da vida.

Temo que as pessoas estejam se tornando burocráticas e insensíveis demais. Com humor limitado e práticas repetitivas. Não se quer ousar, não se ousa deixar que ousem. Não trepam e não saem de cima. E, assim, a humanidade caminha estéril, frágil e feudal.

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