17/04/2008

tombos e mais tombos

Apesar de eu não ter tido problemas na fase anal (como escrevi no post abaixo), tenho seqüelas até hoje porque não aprendi a fase equilibral (se é que ela existe) direito. Fase equilibral, para mim, é quando a criança começa a perceber que se equilibrar sobre duas pernas a fará se deslocar melhor - e começará a desbravar o mundo. Assim como o homo erectus em relação ao habilis.

Minha mãe me disse que eu comecei a andar exatamente no dia do meu aniversário de 1 ano (deveria ter esperado mais um ano...). Depois disso, mal parava em pé - preferia escalar sofás, armários, biombos, escadas, muros ou qualquer coisa que me levasse às alturas. Cheguei a subir na sacada e desabar do segundo andar do sobrado onde morava. Caí. Fui aos céus e voltei ao inferno, tipo Ícaro. Não fraturei nada, mas minha mãe ficou uma semana sem dormir.

Essa negação em andar sobre as duas pernas (preferia ficar de cabeça pra baixo, em parada de mão, do que em pé) me deixou inúmeros roxos pelas pernas, a ponto do meu pediatra dizer que eu tinha perna de um muleque :( Depois de adulta, cair estatelada no chão dói muito mais do que quando criança, deixa cicatrizes mais feias e é algo socialmente inaceitável, que revela ingênua imaturidade.

Mas... óbvio que eu continuo caindo. Rolei da escada na minha formatura, e na de uma amiga. Caí num casamento há duas semanas (como disse aqui), voei da bicicleta (que contei aqui também), caí em cima de um holofote de luz noutro casamento e assim minha vida de altos e baixos (literalmente) vai se desenrolando. O pior mesmo é quando, entre uma queda e outra, não dá tempo para a recuperação.

Poxa! Eu tô com a canela toda fudida, inchada, do pé até o joelho roxa, com a outra perna doendo por andar torto... mas não aprendo mesmo. Dei um escorregão forte na escada do restaurante em que almocei hoje. Não caí porque me segurei na grade, mas me apoiei na perna que já está machucada. Assim não dá! Dói, caramba.

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