Quando se chega a uma certa idade, as coisas começam a ficar mais apertadas: tem gente que engorda, tem gente que gasta mais do que ganha, tem gente que resolve casar, encher a casa de pimpolhos, bla bla bla. Estou numa fase em que não um ou dois, mas um monte de amigos e conhecidos estão casando. É até um pouco desesperador. Um amigo me disse que ele já está na fase seguinte: os amigos que casaram estão descasando, ou tendo filhos. Acho que essa é a outra etapa do aperto: barrigão ou desistir dos planos e aceitar a frustração de um relacionamento que não deu certo.
Ainda sobre os casamentos, há quem "junta", quem casa de dia, quem faz festão à noite, quem festeja sem cerimônia religiosa, ou quem simplesmente se muda para a casa do cônjuge, sem nenhum alarde. Fico pensando, cá com os meus botões, por que o ser humano tem essa necessidade. De juntar-se a outro. De estar presente, na saúde, na doença, na riqueza e na pobreza. De querer dividir, compartilhar, alegrias e tristezas. Será que compartilha dores de barriga também? Cólicas menstruais? Cuecas e meias sujas??? Será que todos os homens (e mulheres) sabem e querem isso? Ou é como uma vontade que dá, de uma hora para outra, como sede ou fome? Talvez carência... talvez a humildade em aceitar que não se vive completamente sozinho, que ninguém se autocompleta. Nem é autosuficiente.
2 comentários:
Talvez seja a necessidade de dividir os bons momentos com alguém, ainda mais depois que você descobre que esse momentos não seriam tão bons sem aquela pessoa ao lado.
Uma vez - já faz um bom tempo - eu assisti um curta do Jorge Furtado chamado Estrada. O filminho não seria nada demais, não fosse a dissertação final do protagonista. Gostei tanto, que fiquei um bocado de tempo avançando e voltando o trecho, até conseguir anotá-lo inteiro. Dizia assim:
"(...)Você acredita no destino?
Eu não!
Eu acredito que o ser humano tem poder e totais condições para estragar a sua própria vida sem a ajuda de ninguém, tomando as decisões erradas nas horas impróprias, aliando-se a sacanagens diversas, acreditando em heróis, crentes e outros farsantes, apaixonando-se por pessoas doentes ou de péssimo caráter, e principalmente, acreditando cegamente em sua própria inteligência, bondade, charme, sanidade e senso de justiça. Um grave erro!
ÀS VEZES AS PROBABILIDADES PERMITEM QUE VOCÊ POSSA CONTAR COM ALGUNS MOMENTOS BASTANTE BONS, QUE PODEM SER PROLONGADOS SE VOCÊ TIVER ALGUÉM PRA DIVIDIR E PRA LEMBRAR DELES. Que podem ser em maior número, se você tiver a capacidade de planejá-los.
Acho que é isso: amor, algum dinheiro, trabalho, muitos planos e um pouco de sorte.”
Destaquei aí em caixa alta a resposta que penso ser mais coerente pra sua pergunta. Acho que pode ser isso, né?!
Besitos!!! Mari
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