18/02/2008

casamento(s)

Quando se chega a uma certa idade, as coisas começam a ficar mais apertadas: tem gente que engorda, tem gente que gasta mais do que ganha, tem gente que resolve casar, encher a casa de pimpolhos, bla bla bla. Estou numa fase em que não um ou dois, mas um monte de amigos e conhecidos estão casando. É até um pouco desesperador. Um amigo me disse que ele já está na fase seguinte: os amigos que casaram estão descasando, ou tendo filhos. Acho que essa é a outra etapa do aperto: barrigão ou desistir dos planos e aceitar a frustração de um relacionamento que não deu certo.

Ainda sobre os casamentos, há quem "junta", quem casa de dia, quem faz festão à noite, quem festeja sem cerimônia religiosa, ou quem simplesmente se muda para a casa do cônjuge, sem nenhum alarde. Fico pensando, cá com os meus botões, por que o ser humano tem essa necessidade. De juntar-se a outro. De estar presente, na saúde, na doença, na riqueza e na pobreza. De querer dividir, compartilhar, alegrias e tristezas. Será que compartilha dores de barriga também? Cólicas menstruais? Cuecas e meias sujas??? Será que todos os homens (e mulheres) sabem e querem isso? Ou é como uma vontade que dá, de uma hora para outra, como sede ou fome? Talvez carência... talvez a humildade em aceitar que não se vive completamente sozinho, que ninguém se autocompleta. Nem é autosuficiente.

2 comentários:

semudei disse...

Talvez seja a necessidade de dividir os bons momentos com alguém, ainda mais depois que você descobre que esse momentos não seriam tão bons sem aquela pessoa ao lado.

mari gomes disse...

Uma vez - já faz um bom tempo - eu assisti um curta do Jorge Furtado chamado Estrada. O filminho não seria nada demais, não fosse a dissertação final do protagonista. Gostei tanto, que fiquei um bocado de tempo avançando e voltando o trecho, até conseguir anotá-lo inteiro. Dizia assim:

"(...)Você acredita no destino?
Eu não!
Eu acredito que o ser humano tem poder e totais condições para estragar a sua própria vida sem a ajuda de ninguém, tomando as decisões erradas nas horas impróprias, aliando-se a sacanagens diversas, acreditando em heróis, crentes e outros farsantes, apaixonando-se por pessoas doentes ou de péssimo caráter, e principalmente, acreditando cegamente em sua própria inteligência, bondade, charme, sanidade e senso de justiça. Um grave erro!
ÀS VEZES AS PROBABILIDADES PERMITEM QUE VOCÊ POSSA CONTAR COM ALGUNS MOMENTOS BASTANTE BONS, QUE PODEM SER PROLONGADOS SE VOCÊ TIVER ALGUÉM PRA DIVIDIR E PRA LEMBRAR DELES. Que podem ser em maior número, se você tiver a capacidade de planejá-los.
Acho que é isso: amor, algum dinheiro, trabalho, muitos planos e um pouco de sorte.”

Destaquei aí em caixa alta a resposta que penso ser mais coerente pra sua pergunta. Acho que pode ser isso, né?!

Besitos!!! Mari