30/09/2009

Montevideo/Buenos Aires - dia 10

31/agosto

6h30

A noite foi trágica: televisão alta, porta batendo, teclado do computador (segundo o TO+, que tem ouvido de leproso), uma tuberculosa e uma brasileira querendo fazer amigos. Quando tudo isso se aquietava, uma turma de desocupados inha e vinha na rua, berrando. Ou o Thominho roncava. Dormimos picas. Acho que estamos ficando velhos para hostel. Ainda bem que já reservamos o Ibis em Mendoza! Antes de dormir, assistimos "Siñor M", que sacava pollitos de seus baus magicos!!! hahaha

Estamos no Terminal Tres Cruces de ônibus, esperando a conexão para Colonia, onde pegaremos o buquebus. O dinheiro que nos restou deu apenas para um café expresso. Pobreza ao extremo (foto). Agora, tentaremos tirar dinheiro no puto do Itaú de Buenos Aires e, também, em algum conveniado ao Bradesco, pela rede Plus.

14h10
A viagem foi ótima, dormi quase o tempo todo. O TO+, não. Esfriou muito e, no porto de Colonia, ventava como há muito não sentia - ventava canivete, cortava a alma. O buque sacolejou um pouco, bem na hora que eu estava tentando fazer xixi. Em Buenos Aires está mais calorzinho, mas ainda muito mais frio que na semana passada.

Deixamos a bagagem na rodoviária (32 pesos, no total) e fomos para o Itaú. Eles nos atenderam bem, mas o cartão de débito do Thomaz não é internacional e não podemos sacar aqui, de jeito nenhum. "É outro sistema", disse a gerente. Pior, ela disse também que centenas de brasileiros como a gente se ferraram por causa disso: foram lá e ficaram sem dinheiro. Por que raios não enviaram outro cartão para o Thomaz antes da viagem, uma vez que ele avisou que iria para o exterior? Serviço de porco.

Ficamos super preocupados e decidimos ir ao escritório do Bradesco para ver o que acontecia, já que não estávamos conseguindo sacar - tentamos em alguns bancos. O atendimento foi fantástico, a mulher, super atenciosa, ligou para o Brasil duas vezes e conseguimos resolver nosso problema (na foto, TO+ conversando com a gerente em SP). Só não sabemos se o problema já estava resolvido porque, achamos, não tentamos sacar na rede Banelco. No Brasil, não avisaram que o saque só pode ser feito em caixas atrelados a esse tal de Banelco. Aliás, falaram que era possível sacar no Bradesco daqui. E aqui nem tem Bradesco. Mas pelo menos deu certo. Ufa!

Agora, estamos em um cantina italiana modernosa no Retiro chamada Filo. O TO+ está sentado atrás de uma bunda (!) - de uma boneca de manequim sexy. A garçonete é muito simpática. Aqui, e em outros restos de Buenos Aires, as pessoas comem pizza no almoço! Pode ser com massa fina, grossa, redonda, quadrada...

19h

O almoço foi muito gostoso. A salada al brie que comi estava muito boa, com salmão defumado, camarõezinhos e nozes. O espagueti a la sorrentine do Thomaz devia estar bom também, porque eu nem consegui experimentar (hehe). Saí de lá bebinha depois de meia garrafa de vinho San Telmo.

Demos aquela caminhada básica, para não perder o costume, atrás de cinemas no centro. No primeiro estava passando Coco antes de Chanel, que já assistimos, e outro filme argentino, que deve ser bom, mas como não tem legenda, fiquei receosa - e se eu não entender direito? O segundo cinema não existe, é uma casa de espetáculo de tango, na 9 de Julio. A terceira, Atlas Lavalle, tem um monte de salas e vários filmes para escolher. Aliás, na mesma rua Lavalle, na mesma quadra, tem outro cinema com outras cinco ou seis salas. Só que não podíamos escolher muito por causa do horário do ônibus para Mendoza.

Fomos ao Atlas. Queria ver Se Beber Não Case (O que será de amanhã?, em espanhol), mas era muito tarde. Então, ficamos entre uma comédia romântica americana (La Cruda Verdad) e o trash americano Arraste-me para o Inferno, de Sam Raimi. Escolhemos o segundo. O cinema é incrível, super grande e íngreme. A tela é enorme!! Mas o som deixa a desejar. O filme também. Mas é engraçado e dá susto, como um bom filme de terror. Num certo ponto, cai no escracho. Ótimo para não pensar em nada. E "descansar", porque precisamos.

Agora estamos sentados no café Tribunales, ao lado do Palacio da Justicia, tomando um vinho de mesa random/genérico, chamado Bianchi. Foi sugestão do garçom entre os quatro (miséria!) que tinha o menu. Aliás, foi o primeiro garçom que não serviu o vinho adequadamente desde que pisamos aqui. O bom é que estamos do lado do ponto de ônibus e vimos que a linha que precisamos pegar passa toda hora. E a 29 (nosso pai) também!




Um comentário:

Anônimo disse...

Relato muito legal da sua viagem.Dá para ter uma noção completa para quem, como eu, deseja visitar o Uruguai e a Argentina em 2010. Que voces façam outras viagens como essa. Abraços...