
Este último tipo, descobri ontem, teve questões durante a 'fase anal' que não se resolveram. Fase anal, disse Freud, é entre os 2 e 4 anos de idade, quando a criança percebe seus excrementos, brinca com massas, argilas, suja-se com prazer e "caga" para o mundo.
Durante a fase anal, eu morava num sobrado no Caxingui. Deveria ter uns dois anos e meio e comecei a aprontar em casa. Um dia escondi a chave, minha mãe descobriu e eu fiquei de castigo. Caguei pra ela. Outro dia, "cagando pro mundo", o mundo cagou pra mim. Tinha uma televisão PB, daquelas em que o nível de contraste de cor e som era feito por meio de botões deslizantes. Quanto mais para a direita, mais alto. Pois bem. Estava sozinha na sala, tinha acabado de desligar a TV e tive a brilhante idéia de deixar o volume no último, para assustar o próximo que fosse ligar o aparelho. Como próximo, leia-se: minha mãe, a empregada ou eu mesma. E foi a última pessoinha que ligou. Dei um dos maiores pulos da vida e comecei a chorar de susto, de raiva de mim e de desespero por ter sido a vítima da minha própria armadilha.
Talvez isso tenha me libertado da fase anal, me fez passar por ela sem danos futuros. Aprendi que se você não respeita ou se importa com as pessoas, elas te ignorarão sempre, de maneira direta, cínica ou hipócrita. Elas vão 'cagar' pra você. Darão de ombros. Se você exerce o mal, coisas más virão até você mais rápido do que você imagina. Pode parecer piegas, mas é verdade. Só te dão importância quando você passa a se importar de verdade com as coisas. Isso é encarar a vida.
P.S.: O fato de eu não ter problema em falar sobre cocô não signifca que eu goste de ter dor de barriga, piriri, cólicas e afins.
Um comentário:
sem querer ser chato, isso tá me cheirando papinho de livro de auto-ajuda....
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