15/08/2010

Patacho - dia 4

04/abril

Estou cheia de bolinhas vermelhas na canela, parece alergia. Não sei do quê, mas desconfio que seja da água do mar quente. Tá coçando muito.

[as fotos de hoje estão horríveis pq foram feitas no meu celular]

Tomamos café e eu voltei para o ar condicionado do quarto. O Thomaz está lendo na varanda. Daqui a pouco saímos para as piscinas naturais.

O Fábio, que nos levou às piscinas, disse que nos viu ontem passando na estrada, a pé = andarilhos!! [certeza que NENHUM turista andou tanto assim, e na beira da estrada] Disse que nós devemos ter andado uns 25 quilômetros. Não é a toa que hoje minha batata da perna está dolorida...

As piscinas são lindas! Aproveitamos a maré alta para ultrapassar os corais. A água se apresenta em todas as tonalidades de verde, verde-azulado. Vimos muitos peixes: palhaço, pretos, azulados, vermelhos, roxinhos, riscados, cinzas, peixes que pulam (juro), corais roxos e vermelhos e até lagostim! O Fábio abriu um ouriço e os peixes vieram comer suas ovas. Assim nem precisa sujar o mar com migalhas de pão! Ele disse que sai muito para caçar lagosta e polvo em alto mar, a bordo de sua jangadinha. Mas contou que certa vez foi pescar de verdade, nesses barcos que passam 15 dias no mar, e não aguentou. Ele e um primo passaram mal a viagem toda, as ondas eram enormes, e o capitão do barco resolveu voltar no segundo dia. Se é duro para gente que vive no mar e do mar, imagine para nós, da cidade...

O passeio foi uma delícia e voltamos à pousada às 13h. Vamos almoçar por aqui mesmo. Ficamos com preguiça de ir para algum restaurante a pé ou de bike. As coisas aqui são longe para quem está a pé e cansado!

O Thomaz-olho-maior-que-a-barriga quis pedir 3 petiscos no almoço, em vez de um prato para cada. Macaxeira frita, polvo vinagrete e filé de aratu, que vieram à mesa nessa ordem. As porções são grandes, ou seja, muita comida. A mandioca estava crocante e macia, o polvo, delicioso (foto do Thomaz querendo pegar a mandioca antes do clique). Quando o aratu chegou, coitado, não tínhamos mais fome! Aratu é um caranguejo vermelho do mangue e estava muito bom: a carne é meio desfiada e o prato parece uma espécie de fritada. Comemos feito bois e fomos ler.

Eu estava muito queimada e dolorida, então fui tomar banho frio e arrumar minhas coisas. Depois, só mofamos. À noite, o céu estava estreladíssimo, coisa comum por aqui. É muito agradável ficar sentado no jardim, sentindo a brisa e olhando as estrelas. Depois assistimos a uma sessão de fotos de um fotógrafo e uma modelo que estavam hospedados na pousada. O Christian estava animadíssimo. Mais tarde, pagamos a nossa estadia e mais uma brincadeira do Christian: imprimiu a conta em números minúsculos, para perecer menor... ahahhah Quando íamos voltar para o quarto e esperar o transfer, ele chamou toda sua brigada e fez com que cada funcionário se despedisse de nós. Normalmente rola gritaria, buzinaço. Mas como iríamos embora meia-noite, ele achou por bem não fazer barulho. Preferiu me dar 348324 beijos de tchau. rs (na foto, a porta dos fundos do nosso quarto-casinha)

Eu dormi e depois colocamos um filme, Em Paris. Logo já era meia-noite e fomos esperar o transfer, que se atrasou um pouco. Ah, pagamos 140 reais. Muito mais do que R$ 11 de cada passagem do busão, mas infinitamente melhor. Ele demorou 2h para percorrer os 120km. Juro que não dava para ir mais rápido, é uma estradinha safada, cheia de curvas, e, óbvio, não conseguimos pregar o olho. Ainda em São Miguel dos Milagres, o moço atropelou um gato siamês. Ele ficou mal. "E era daqueles de raça..." O bicho estava bem no meio da rua, deitado. O motorista diminuiu a velocidade e o gatinho veio direto para baixo do carro. As duas rodas, da frente e de trás, passaram por cima dele. Tum, Tum. Foi triste, pobre gato.

Começou a dar fome no meio da viagem e ainda bem que o aeroporto de Maceió tem restaurante aberto de madrugada (ao contrário de Cumbica, que só tem lanche). Comemos e fomos embarcar. Óbvio que não dormimos direito. Chegamos perto das oito horas de uma manhã chuvosa, feia, fria e cheia de congestionamentos. Bem-vindos a São Paulo.

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