Acordamos às 8h50. Pedimos misto quente com queijo coalho (luxo em SP, ordinário, aqui), frutas e suco e saímos em caminhada, longa caminhada. Decidimos que iríamos até Porto da Rua, em São Miguel dos Milagres (cidade vizinha). Até o Tiago, da pousada, achou muito longe irmos e voltarmos a pé. Mas a gente é forte e aguenta tudo. Vamo que vamo...
Infelizmente, resolvemos voltar a pé. A maré já tinha subido e o rio estava intransponível para quem carrega mochila. Tivemos que fazer metade do percurso pela estrada e, acredite, não é a coisa mais legal do mundo tomar sol na cabeça sobre o asfalto. O vento da beira-mar nem deu sinal de vida. Fiquei muito irritada, de cansaço, calor, dor nos pés... No fim de nossa jornada pela estrada, passamos por um mangue (é, na beira da estrada) e me diverti com os caranguejinhos entrando em suas tocas. Incrível, porque há tocas a 30 cm do asfalto!
Passamos numa mercearia onde seis mulheres tagarelavam alto para comprar água e cerveja (mais baratas, é claro, do que na pousada). Entramos no acesso à Praia da Lage e finalmente encontramos o mar. Andamos mais ou menos uma hora e chegamos à pousada, às 17h30. No total, foram quase seis horas de caminhada. Voltamos podres!! Tomamos uma ducha merecida e ficamos tomando vento. Estamos na varanda do quarto onde o sapinho normalmente ficaria. Mas ele não está. Acho que o assustamos.
Mais tarde, comemos salada com molho de mostarda (eu) e sopa de peixe (TO+), que estava deliciosa - a melhor de todas as sopas que provamos aqui. Pegamos um filme (Mutum) e combinamos o transfer com o Christian. Sairemos amanhã à meia-noite.
(Caminha, desgraçada! Nessa hora, passamos por um assentamento de camponeses sem-terra)
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