Vimos alguns restaurantes em Porto de Pedras e a balsa, e voltamos em direção à Praia da Lage. Ao lado fica o Rio Tatuamunha, onde moram simpáticos peixes-boi. Fomos fazer o passeio para conhecê-los. Para chegar de bike até o rio, é preciso atravessar 3 km de estrada de areia, um porre! Mas chegamos. R$ 30 reais por pessoa para ver o bicho num passeio que dura 40 minutos. Achamos caro, mas depois vimos que os guias precisam ser cadastrados pelo Ibama para fazer o trabalho e são todos ribeirinhos, da comunidade. Com a introdução do peixe-boi no rio (eles são readaptados ao ambiente natural ali, antes de ganharem liberdade), proibiram as atividades que geravam a renda dos locais, como a pesca.
Arani foi trazido ali há pouco tempo porque se machucou. Ninguém sabe se foram as raízes do mangue ou alguma maldade humana. Curado e solto, ele se apaixonou pela nossa jangada. Abraçava o barco (foto de cima), ficava sob ela, fazia graça e não saía de perto - tanto que a guia ficou com medo de levar multa do Ibama. "Eles podem dizer que estávamos perseguindo o animal." Não estávamos. É proibido alimentar, tocar e sair atrás do bicho. Mas o Arani gostou mesmo da gente. Quer dizer, do barco. Na falta de fêmeas para cruzar, os machos usam o casco da jangada para se excitar, virando a barriga para cima. Arani safado! E nós pensando que éramos especiais...
Saimos de lá e enfrentamos a areia novamente. Depois, a estrada cheia de coqueiros. Eu estava louca por uma água de coco, mas, apesar de ter plantação em massa de coco por aqui, poucos são os lugares que vendem a água da fruta. Paramos para o Thomaz pegar dinheiro na pousada e voltamos para a vila de Porto de Pedras para comer. Fomos à Peixada da Marinete e comemos lagostim com macaxeira frita, super deliciosa e em quantidade colossal. O lagostim estava médio, esperava mais dele. Não estava limpo e com um gosto esquisito, nada suave como costuma ser... O prato com seis lagostins médios mais a mandioca custou R$ 30. E R$ 4 a jarra do mais delicioso suco de manga que já tomei. O prato sobrou e o almoço saiu por R$ 38.
Voltamos de bike (minha bunda doía horrores!) para a pousada e o Thomaz foi ler no deck. Eu estava com sono, fui tomar banho e dormir.
Aqui anoitece cedo, às 18h (pelo menos em abril). E venta muito à noite, o que dá uma aliviada no calor e deixa o mar bem mexido. À noite também chove, mas é super-rápido. Depois da soneca, fomos pegar um filme e pedir nosso prato do jantar. Aqui tem que ser assim porque a cozinha faz tudo na hora (não tem o mesmo movimento de um restaurante normal, em que tudo fica meio pré-preparado). Pegamos o filme chinês Lanternas vermelhas. Antes de chegarmos ao quarto, nosso sapinho amigo estava no mesmo lugar de ontem. O filme é muito bom, assistimos até a metade e fomos jantar. Ao sair, encontramos nosso amigo sapo com uma visita. Será uma namoradinha?
O Thomaz comeu sopa de cenoura com laranja, adocicada e muito boa. Eu fui de gazpacho, gelado e picante. Na volta, o sapinho estava sozinho. Terminamos de ver o filme e dormimos.
(Nosso "amigo" Arani. Sabe o que descobrimos? Os caçadores de peixe-boi aproveitam que é um bicho dócil e esperam que ele se aproxime da embarcação para respirar. Quando isso acontece, enfiam uma rolha (!?!!?!?) no nariz do pobre para 'sedá-lo' e, então, matá-lo. Quase chorei de tristeza)
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