Olhei em volta e o sofá estava do lado oposto da sala. Era como se a minha casa estivesse invertida. Eu não estava entendendo nada, tentei trocar umas palavras com meu amigo para desvendar o mistério, mas o sono me rendeu. Estava com aquela sensação de quem está bêbada. E dormi de novo. "Depois eu resolvo essa com meu amigo", pensei. Aí acordei novamente. O sofá continuava no mesmo lugar (errado). "Tô sonhando de novo", pensei. Agora, meu apartamento estava no primeiro andar. Então amigos começaram a me visitar, minha casa ficou cheia. E tinha uma maluca lá fora que ficava abrindo a janela da sala – havia uma espécie de marquise onde a mina podia subir e alcançar o primeiro andar. Lá em casa tem uns janelões, dá para entrar uma manada por ela. Fiquei morrendo de medo, e a doida não parava de abrir a janela. Eu tentava travar, com um trinco, mas não adiantava. Aí ela começou a abrir a janela do meu quarto, que é o cômodo ao lado. E eu ficava da sala para o quarto, do quarto para a sala, tentando fechar o que ela abria. Não consegui. A mina pulou para dentro da minha casa, e, com ela, uma horda de pessoas que jamais vi. E eu fiquei maluca! "Ai, para de sonhar!!!". Sonhando, em meio a um pesadelo, tinha consciência do meu sonho.
Aí, de repente eu estava em uma casa (um sobrado), que era a minha casa. E havia muitas pessoas na rua, e eu queria sair, dar um rolê. Fechei a porta de vidro de correr, e caminhei em direção à varanda. Uma casa que eu nunca vi na vida real, mas era minha. Só que aquelas pessoas entraram pelo portão, e não me deixavam fechar a porta... e, mais uma vez, eu fiquei com medo. "Vão invadir minha casa!!", pensava, neurótica. E então chegaram alguns amigos que me tiraram dali.
E suspirei aliviada. "Acho que eu acordei, agora está tudo bem. Que sonho louco eu tive", comentei com eles. Era um amigo e uma amiga, e estávamos no carro dele. Literalmente fugimos do "ataque" à casa. Só que estávamos andando por uma rua que, teoricamente, era em São Paulo. Então fizemos a curva e, de uma hora para outra, passeávamos por uma estradinha ao lado de um despenhadeiro com uma vista lindíssima para o mar. "Não, não pode ser. Ainda estou sonhando. Se estamos em São Paulo, não pode ter mar", disse em voz alta. Então meu amigo soltou essa: "Se segurem porque eu vou jogar o carro no mar. E, com o tranco da queda, você acorda e fica tudo bem". Alguém aqui assistiu Inception? Exatamente igual ao filme. Jisuis!
Só que... o carro caiu no mar, não explodiu nem nada, nós não morremos e ainda saímos molhados, como se tivéssemos dado um mergulho. Então a paisagem mudou e eu estava dentro de um restaurante, uma espécie de adega, que vendia umas tapas espanholas e uns bolos caseiros. E um monte de amigos, como se fosse uma festinha.
E o sonho terminou na mesa do bar.
Um comentário:
Resposta ao "mistério": esqueceste de tomar seu Gardenal, nesse dia.
Rs
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